29/Apr/2025
A proximidade do feriado do Dia do Trabalho nesta semana aquece os negócios envolvendo etanol hidratado no estado de São Paulo. Somente algumas distribuidoras independentes efetivaram novas compras para atender à demanda adicional, mas adquirindo o mínimo volume possível. A postura ainda pouco ativa do comprador está atrelada às possibilidades de intensificação da entrada de produto da safra 2025/2026 no curto prazo e de reajuste negativo no preço da gasolina. Além disso, a mudança do valor do PIS/Cofins a partir do dia 1º de maio também reforça a postura cautelosa de distribuidoras. Assim, o volume negociado é praticamente igual ao da semana anterior.
Em período semelhante de 2024, o volume de hidratado comercializado na semana que antecedeu o feriado do Dia do Trabalho quase que dobrou em relação ao período anterior. Do lado da oferta, a quantidade disponibilizada no spot se mantém praticamente estável, mesmo diante do crescimento gradativo por conta do início da moagem de cana-de-açúcar. Ainda prevalece um volume maior de produto já depositado em bases de Paulínia (SP) e Guarulhos (SP) vindo de outros Estados produtores, sobretudo de etanol de milho. As chuvas em importantes regiões produtoras também limitam a colheita e, consequentemente, evitam um aumento na oferta.
Em Mato Grosso do Sul e Goiás, algumas unidades estão com as atividades industriais paralisadas por conta das precipitações. Nesse cenário, os preços se mantêm praticamente estáveis. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado está cotado a R$ 2,7080 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), pequena queda de 0,22% nos últimos sete dias. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ está cotado a R$ 3,0914 por litro (valor líquido de impostos - sem PIS/Cofins), recuo de 1,89% no mesmo comparativo. A procura por este etanol até chegou a se aquecer, mas os negócios são realizados a preços menores.
A StoneX reduziu a previsão do consumo brasileiro de gasolina em 2025 em aproximadamente 300 milhões de litros, para 45,4 bilhões de litros. O motivo seria a desaceleração da demanda por combustíveis leves e de uma recuperação da competitividade ante o etanol hidratado mais lenta que o previsto. Com a revisão, o consumo de gasolina em território nacional crescerá 2,9% ante 2024. A previsão anterior de fevereiro era de alta de 3,4%. Em São Paulo, nos últimos sete dias, em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, o valor do anidro está 9,4% acima do hidratado. No caso do açúcar, o preço é 58,2% superior ao do hidratado e 44,6% maior que o do anidro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.