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30/Apr/2025

Cana: 1º Levantamento Conab da Safra 2025/2026

De acordo com dados do 1º Levantamento da Safra de Cana-de-açúcar 2025/2026 divulgado nesta terça-feira (29/04) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2025/2026 está estimada em 663,44 milhões de toneladas, volume 2% inferior quando comparado com a temporada anterior 2024/2025 (676,96 milhões de toneladas). A área destinada à cultura mantém-se relativamente estável ante 2024/2025, com um leve aumento de 0,3%, atingindo 8,79 milhões de hectares. A produtividade média dos canaviais está estimada em 75.451 quilos por hectare, uma queda de 2,3% quando comparada com a safra passada. Essa redução se deve às condições climáticas desfavoráveis durante as fases de desenvolvimento das atividades em 2024. A queda da colheita esperada para a Região Sudeste, principal região produtora do País, prejudicou a produção nacional.

Na região, é esperado uma queda na colheita neste ciclo de 4,4% quando se compara com a safra 2024/2025, totalizando 420,2 milhões de toneladas. A Região Sudeste registrou uma condição climática desfavorável durante o desenvolvimento das atividades, principalmente em São Paulo onde, além do baixo índice de chuvas e altas temperaturas, foram registrados focos de incêndios, que afetaram parte dos canaviais. Esse cenário influenciou a produtividade média em 3,3%, estimada em 77.573 Kg por hectare. Além do menor desempenho das atividades, a Conab também estima uma redução na área colhida. Mesmo com a redução na safra de cana-de-açúcar no ciclo atual, a expectativa é de um incremento na produção de açúcar, podendo atingir 45,9 milhões de toneladas. Caso o volume seja confirmado ao final do ciclo, esta será a maior fabricação do produto na série histórica da Conab.

Em contrapartida, a produção de etanol, somada às derivadas da cana-de-açúcar e do milho, tende a apresentar redução de 1% em relação à safra anterior, estimada em 36,82 bilhões de litros ante 37,19 bilhões de litros em 2024/2025. Quando se analisa apenas o combustível oriundo do esmagamento da cana-de-açúcar, o aumento chega a 4,2% influenciado pela menor estimativa de colheita da matéria-prima. Essa queda é compensada pelo aumento da produção de etanol a partir do milho, que deverá ser acrescida em 11% (7,84 bilhões de litros para 8,70 bilhões de litros). Na Região Centro-Oeste, segunda região que mais produz cana-de-açúcar no País, tem uma estimativa para esta safra de produzir 148,4 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 2,1% sobre o ciclo 2024/2025, influenciado pelo aumento da área cultivada em 3,4% chegando a 1,91 milhão de hectares.

Esse incremento compensou a perda esperada na produtividade média de 1,2%, projetada em 77.574 quilos por hectare, decorrente de condições climáticas menos desenvolvidas durante a fase evolutiva dos trabalhos. Na Região Sul, a produtividade tende a se manter estável, em torno de 69 mil quilos por hectare. A área deve apresentar uma elevação de 2,3%, chegando a 497,1 mil hectares, o que resulta em uma produção de 34,4 milhões de toneladas. Na Região Nordeste do País, onde as atividades estão na fase de crescimento com previsão do início da colheita a partir de agosto, o incremento de área e a expectativa de melhores produtividades deverão aumentar a produção em 3,6%, com expectativa de colheita em 56,3 milhões de toneladas. Cenário semelhante é encontrado na Região Norte. A expectativa de uma maior área destinada ao setor sucroenergético e melhoria na produtividade, estimada em 82.395 Kg por hectare com o fator climático favorável, aponta para uma produção de 4,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.