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06/May/2025

Açúcar: previsão de superávit na safra 2025/2026

Segundo o Bank of America, o mercado global de açúcar poderá deixar para trás o atual déficit e registrar um pequeno superávit na safra 2025/2026. No entanto, o equilíbrio ainda é frágil entre oferta e demanda no setor. A balança global pode passar de um déficit de 3,5 milhões de toneladas em 2024/2025 para um superávit modesto de 500 mil toneladas no próximo ciclo. Mas, esse cenário depende de uma combinação de fatores climáticos favoráveis, especialmente nas principais regiões produtoras: Brasil, Índia e Tailândia. No curto prazo, os analistas estimam que os preços do açúcar devem se manter em média entre 17,00 e 17,50 centavos de dólar por libra-peso nos próximos seis meses, com forte possibilidade de volatilidade.

O mercado está a um problema climático de distância de voltar ao déficit. No Brasil, o ciclo 2025/2026 tem sido marcado por condições meteorológicas extremas, que já provocaram expectativa de queda de 2% na quantidade de cana moída. Apesar disso, a produção de açúcar pode subir 3% na comparação anual, puxada pela maior destinação da cana-de-açúcar para o açúcar, em detrimento do etanol. A queda nos preços do petróleo torna o açúcar mais rentável que o etanol, favorecendo a produção açucareira. A expansão da produção de etanol de milho também contribui, ao liberar mais cana-de-açúcar para o açúcar. Na Ásia, os sinais são mais positivos. A previsão do Departamento Meteorológico da Índia indica um regime de monções favorável, apoiado pela neutralidade dos fenômenos climáticos El Niño e Dipolo do Oceano Índico.

O cenário deve permitir a recuperação da safra indiana e um bom desempenho na Tailândia, embora as exportações indianas continuem limitadas por políticas internas de regulação. A produção combinada de Brasil, Índia e Tailândia deve crescer cerca de 9% em 2025/2026, somando 7,5 milhões de toneladas adicionais. Ainda assim, o mercado global de açúcar continua altamente vulnerável a eventos climáticos e ao ritmo da safra brasileira. O progresso da moagem no Brasil e o clima nas regiões asiáticas serão cruciais para definir os rumos do mercado nos próximos seis meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.