27/May/2025
Segundo o Itaú BBA, o cenário macroeconômico parece ter sido o principal fator por trás das variações de preços do açúcar no mercado internacional recentemente, com uma forte correlação entre as cotações futuras na Bolsa de Nova York e o petróleo. Em abril, o petróleo WTI caiu 19% e, nos primeiros 15 dias de maio, subiu 8%. De modo semelhante, o açúcar bruto caiu 7% em abril e depois teve recuperação de 3%. O início lento da safra no Centro-Sul do Brasil levanta algumas preocupações, mas ainda está influenciando pouco os preços. O balanço de açúcar do banco aponta para um déficit de 4,9 milhões de toneladas na safra 2024/2025, em virtude de revisões da safra da Ásia.
As primeiras estimativas para 2025/2026 apontam para um superávit de 2,6 milhões de toneladas, por conta da recuperação da produção, especialmente nos países asiáticos. As projeções climáticas são construtivas para a produção na Índia, com expectativa de que as monções cheguem mais cedo que o normal, além de volumes de chuva acima da média. Já o risco de a produção brasileira vir abaixo do esperado está na conta das usinas brasileiras, mas esse risco ainda parece ser minimizado pelo mercado. O Itaú BBA manteve estáveis as estimavas para a safra 2025/2026 no Centro-Sul do Brasil, por enquanto. A projeção de moagem é de 590 milhões de toneladas, 5% menor que da safra 2024/2025.
Assumindo um ATR médio de 141,0 Kg por tonelada de cana-de-açúcar (frente aos 141,2 Kg por tonelada 2024/2025), e um mix de açúcar de 52,0% (ante 48,1% na safra anterior), a estimativa de produção de açúcar é de 41,2 milhões de toneladas, um crescimento de 2,7% comparando com a safra anterior. Em contrapartida, o atraso na comercialização da Tailândia ainda continua pesando no mercado internacional. Apesar da colheita tailandesa já ter se encerrado, as usinas locais estão com as suas vendas muito atrasadas. Não existem números oficiais, mas os rumores indicam que menos da metade da safra já foi comercializada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.