10/Jun/2025
Em São Paulo, o mês de junho se iniciou registrando baixas nos preços, especialmente nas regiões mais distantes das principais bases de São Paulo. Para o etanol hidratado, foi a quarta semana consecutiva de queda. Além do aumento gradativo da oferta de etanol (por conta do avanço da safra), o anúncio da redução no preço da gasolina no dia 2 de junho, acelerou as vendas de algumas usinas, que ficaram receosas de recuos mais fortes no valor do biocombustível. Assim, o volume de etanol hidratado negociado e captado está menor na comparação com período equivalente de 2024. No acumulado da parcial da safra atual (de abril até a primeira semana de junho), o desempenho das vendas de etanol hidratado está 26,5% abaixo do verificado no mesmo intervalo de 2024 (de abril a junho/2024).
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as vendas brasileiras de etanol hidratado nos postos de combustíveis caíram 1,06% (ou 76,75 milhões de litros a menos) nos primeiros quatro meses deste ano frente ao mesmo período de 2024. Projeções divulgadas por consultorias indicam oferta de etanol nesta temporada próxima à do ciclo anterior. Assim, neste cenário, o mercado precisaria de um crescimento do consumo de biocombustível em 2025. As distribuidoras seguem cautelosas, tentando realizar compras a preços menores. Em alguns casos, com sucesso, mesmo considerando que os compradores seguem esperando valores mais baixos. Com o avanço da moagem e a continuidade da entrada de etanol de milho, a oferta deve aumentar. Vale lembrar que as chuvas no começo da semana passada paralisaram temporariamente a moagem em Ribeirão Preto (SP) e em São José do Rio Preto (SP), mas sem impactar nos preços.
O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado, está cotado a R$ 2,5492 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 2,33% nos últimos sete dias. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro está cotado a R$ 2,9448 por litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), baixa de 3,65% no mesmo comparativo. Em São Paulo, nos últimos sete dias, em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, o valor do anidro está 10,7% maior que o do hidratado. No caso do açúcar, o preço está 55,2% acima do hidratado e 40,2% maior que o do anidro. Nos últimos sete dias, os preços dos combustíveis pouco se alteraram em São Paulo. Em média, o combustível fóssil está cotado a R$ 6,11 por litro. No caso do biocombustível, o preço é de R$ 4,04 por litro. Assim, a relação entre os dois combustíveis é de 66,1%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.