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24/Jun/2025

Etanol: preços sustentados por restrições na oferta

Em São Paulo, a postura firme do vendedor e os estoques menores de etanol dão sustentação ao preço do biocombustível no mercado. No início da semana passada, os vendedores abriram preços mais altos e, no correr do período, as cotações se sustentaram, especialmente em algumas regiões de São Paulo, mas também em outras do Centro-Sul do País. Os volumes de etanol hidratado e anidro armazenados para o momento atual ainda são menores frente aos de igual período de 2024, o que tende a fortalecer o movimento de recuperação nos preços. Segundo dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), os estoques de etanol hidratado em 1º de junho chegaram a 1,4 bilhão de litros, contra 1,96 bilhão de litros em período equivalente da safra passada.

A forte valorização externa do barril de petróleo foi outro fator que influenciou o aumento nos preços domésticos do etanol. De 16 a 20 de junho, o primeiro vencimento do contrato de petróleo tipo crude oil na Bolsa de Chicago teve média de US$ 74,17 por barril, expressiva elevação de 9,25% frente à da semana anterior. O contrato do petróleo tipo Brent negociado na ICE Futures Europe teve média de US$ 74,92 por barril, alta de 7,87% no mesmo período. Nesse cenário, no mercado spot do estado de São Paulo, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado está cotado a R$ 2,5696 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 1,15% nos últimos sete dias. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro está cotado a R$ 2,9134 por litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), elevação de 0,39% no mesmo comparativo.

Do lado comprador, alguns agentes estão ativos e negociam pontualmente, mas os volumes fechados se mantêm estáveis. A maior quantidade do etanol, no entanto, é comprada a valores maiores. No acumulado da safra 2025/2026 (de 1º de abril/2025 a 31 de maio/2025), a produção de biocombustível somou 1,893 bilhão de litros de anidro e 3,847 bilhões de litros de hidratado, com respectivos recuos de 11,5% e de 11,29% sobre período equivalente da safra anterior, de acordo com dados da Unica. Em São Paulo, nos últimos sete dias, em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, o valor do anidro está 8,6% acima do hidratado. No caso do açúcar, o preço está 45,4% superior ao do hidratado e 33,8% maior que o do anidro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.