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02/Sep/2025

Combustíveis: ganhos a distribuidoras legalizadas

As empresas distribuidoras de combustível que estão fora de esquemas ilegais podem ganhar até 15% de mercado com a Operação Carbono Oculto, que mirou a infiltração do crime organizado no segmento. Raízen, Cosan, Vibra e Ultrapar são as principais beneficiadas. As empresas podem se beneficiar com o ganho de fatias de mercado após o fim da concorrência desleal praticada pelo crime organizado. A L4 Capital estima que entre 30% e 40% dos postos são os chamados "bandeira branca", que não integram grandes redes, pertencentes a grupos menores. Exatamente esses grupos estão entre os alvos da Polícia Federal, como Boxter, Rodo Petro, Rede Sol, Autoposto Texas e outras. A operação obrigará esses postos a migrarem para as grandes bandeiras, como Ipiranga, da Ultrapar, ou Shell, da Raízen. Isso levará a uma melhor utilização dos seus terminais, da operação, além de reduzir o risco financeiro com mais fluxo de caixa.

A Fatorial Investimentos estima que as empresas devem capturar ao menos 15% do mercado, podendo ganhar ainda entre R$ 12 bilhões e R$ 17 bilhões de valor de mercado, distribuídos entre as companhias, além de impactos bilionários no Ebitda. Isso equivaleria a um aumento em torno de 8% a 12% no valuation agregado do setor, a depender da velocidade de captura e execução. Caso seja comprovada participação no esquema, uma grande parcela de postos pode ter suas atividades prejudicadas ou interditadas, liberando espaço para as bandeiras tradicionais tomarem mercado. Contudo, a operação não altera os fundamentos das empresas além do provável aumento da fatia de mercado e suas consequências diretas. Entidades do setor divulgaram uma nota em apoio às autoridades responsáveis pela operação.

Além de outros pontos, o texto trata de como o combate à infiltração do crime organizado no setor fortalece a confiança dos investidores e assegura um ambiente de negócios transparente, que valoriza as empresas que cumprem suas obrigações legais. A L4 avalia ainda que a operação da PF pode ajudar inclusive no processo de desalavancagem da Raízen, que tem recorrido a diversas vendas de ativos. Ganhando mercado a empresa poderá melhorar resultados através da bandeira Shell, a assim favorecer seus níveis de alavancagem. Os indicadores de dívida da Raízen vêm pesando sobre sua controladora, a Cosan. As margens da empresa não atingirão os dois dígitos, mas devem ir de 5,6% para 7,8%, contribuindo com bilhões para o Ebitda, o que seria um fator positivo para os próximos trimestres da companhia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.