19/Sep/2025

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quinta-feira (18/09) na Bolsa de Nova York, pelo terceiro pregão seguido. O contrato com vencimento em março/2026 recuou 17 pontos (1,04%), e fechou a 16,10 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados pela ampla oferta brasileira, após dados publicados ontem pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). As usinas do Centro-Sul moeram 50,061 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de agosto, alta de 10,68% ante igual período do ano passado.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) atingiu 149,79 Kg por tonelada de cana-de-açúcar, ante 155,82 Kg por tonelada na safra 2024/2025, perda de 3,87%. A produção de açúcar na segunda metade de agosto totalizou 3,872 milhões de toneladas, aumento de 18,21% ante igual período do ano passado. O mix de produção destinado ao açúcar atingiu 54,2% nos últimos 15 dias de agosto, registrando recuo ante os 55% verificados na quinzena anterior. Embora o índice de Açúcar Total Recuperável (ATR) não tenha atingido o pico verificado no mesmo período do ano passado, os dados sugerem restrições operacionais de capacidade nesse patamar de ATR e ajustes na estratégia de alocação da matéria-prima entre a produção de etanol e açúcar em algumas unidades.

Além disso, de acordo com a StoneX, o mercado conta com poucas notícias que motivem uma reversão da sensação baixista que vem predominando no mercado nos últimos três meses. O acompanhamento do Centro-Sul e do desenvolvimento das safras asiáticas ainda aponta para um superávit global robusto. O Departamento de Alfândegas da China (GACC) reportou que as compras chinesas de açúcar somaram 830 mil toneladas no mês passado, avanço de 7,5% ante o importado em agosto de 2024. No acumulado do ano, o volume comprado subiu 5,1%, para 2,61 milhões de toneladas.