10/Oct/2025
O primeiro ano da Lei Combustível do Futuro, completado no dia 8 de outubro, já começou a transformar o ambiente de negócios no segmento de biometano, embora a lei não esteja totalmente regulamentada, informou a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás). Destaque para o avanço do biocombustível no transporte pesado (caminhões). O biometano, gás renovável obtido a partir do tratamento de resíduos agroindustriais, urbanos e do saneamento, está ganhando protagonismo como combustível para frotas de transporte pesado e vem crescendo.
É uma tendência forte, porque a troca de frota não gera aumento de custo. Pelo contrário, em muitos casos, há redução de despesas e ganho ambiental imediato. O biometano é uma das principais apostas do governo federal e do mercado para descarbonizar o transporte pesado, a agricultura e a indústria, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) destacou que a substituição do diesel no setor de transportes pode ser considerada como o “maior desafio” na transição energética no Brasil.
O uso do gás renovável vem sendo adotado por usinas, cooperativas e grandes transportadoras, que veem na substituição uma forma prática de reduzir emissões sem depender de subsídios. O potencial técnico do País, de acordo com a ABiogás, é superior a 120 milhões de metros cúbicos diários de biometano, volume capaz de substituir cerca de 60% do consumo de diesel no Brasil. Um dos principais marcos do primeiro ano da Lei foi a chamada pública da Petrobras para compra de biometano, lançada em 2024. A iniciativa movimentou bastante o setor, teve resultado positivo, e deve entrar em fase de negociação assim que todas as regras estiverem definidas.
O interesse da estatal, somado à atuação de distribuidoras regionais e grupos privados, criou um ambiente favorável à expansão da oferta. Empresas nacionais e estrangeiras com experiência em plantas de biometano têm buscado ativamente oportunidades de investimento no Brasil. Há players internacionais que já dominam a tecnologia e estão vindo para o Brasil montar novas plantas. Se a regulação avançar no ritmo esperado, 2026 poderá marcar o início de uma nova era: a do biometano competitivo, escalável e estratégico para o transporte, a agricultura e a indústria, mas também para a segurança energética e o cumprimento das metas de descarbonização do Brasil.
O setor ainda espera por definições regulatórias cruciais. A ANP deve publicar nos próximos meses as normas complementares que viabilizarão a plena execução da lei, especialmente em relação aos certificados de origem do biometano, ao mandato de uso obrigatório e à integração com o RenovaBio. Se a regulação avançar no ritmo esperado, 2026 poderá marcar o início de uma nova era: a do biometano competitivo, escalável e estratégico para o transporte, a agricultura e a indústria, mas também para a segurança energética e o cumprimento das metas de descarbonização do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.