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25/Nov/2025

Etanol dos EUA não teria competitividade no Brasil

Segundo a Agroicone, a expansão acelerada do etanol de milho no Brasil mudou o equilíbrio do mercado e abriu espaço para uma revisão da tarifa de importação aplicada ao produto dos Estados Unidos. A atual oferta doméstica já garante o abastecimento, mesmo em períodos de maior demanda, e a preços competitivos. O cenário é muito diferente daquele que justificou a criação da tarifa. Antes, a função da tarifa era proteger o Brasil, principalmente em relação à produção de etanol.

Com a produção impulsionada pelo avanço das usinas de milho, o produto norte-americano não teria competitividade no mercado interno. Mesmo sem a tarifa, o etanol norte-americano não seria competitivo no Brasil, dada a oferta atual. No passado, a redução temporária da tarifa foi usada em momentos de entressafra para garantir o abastecimento. O Brasil já teve períodos em que foi necessário reduzir a tarifa para abastecer o mercado. Hoje, porém, a oferta contínua do etanol de milho eliminou essa pressão.

Apesar do espaço para uma flexibilização, qualquer mudança deve considerar reciprocidade nas negociações internacionais. Os Estados Unidos não reconhecem o etanol de milho brasileiro e não aplicam o produto do Brasil no mercado deles. Há ainda outras restrições, como tarifas incidentes sobre o açúcar brasileiro. Existem barreiras norte-americanas contra o produto brasileiro. Diante desse contexto, uma eventual revisão tarifária precisa vir acompanhada de avanços nas tratativas bilaterais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.