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25/Nov/2025

Açúcar: preço do cristal branco segue pressionado

Em São Paulo, o mercado de açúcar avança lentamente rumo ao encerramento da safra 2025/2026, com os preços médios do cristal branco na casa dos R$ 106,00 por saca de 50 Kg. Nos primeiros meses da atual safra 2025/2026 (mais especificamente na semana de 7 a 11 de abril), a média nominal do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa 130-180, estado de São Paulo, foi de R$ 141,36 por saca de 50 Kg. Desde setembro, se observa tendência de mudança no mix, com o etanol sendo favorecido. De fato, dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) mostram que, em São Paulo e no Paraná, houve diminuição de respectivos 3,4% e 9,1% no direcionamento do açúcar. Além disso, o Açúcar Total Recuperável (ATR) acumulado na safra 2025/2026 está em 138,32 Kg por tonelada, retração de 3,07% em relação ao ciclo anterior.

Isso significa menor rendimento de açúcar por tonelada de cana-de-açúcar processada, reduzindo a oferta efetiva do açúcar mesmo diante da moagem volumosa. Essa combinação tem gerado movimento contraditório: apesar de a oferta ainda estar elevada no mercado à vista, a menor qualidade da cana-de-açúcar e o redirecionamento crescente para etanol sinalizam restrição de oferta futura de açúcar. Esse cenário explica os ajustes pontuais de preços observados recentemente, especialmente em contratos pré-fixados que se mostram mais vantajosos que o mercado spot. A média do Indicador CEPEA/ESALQ é de R$ 106,68 por saca de 50 Kg, queda de 0,7% nos últimos sete dias (R$ 107,43 por saca de 50 Kg). No mercado internacional, a China tem se posicionado como importante comprador de açúcar brasileiro, aproveitando os valores mais baixos. Os contratos futuros do demerara operam nas mínimas em cinco anos na Bolsa de Nova York.

As importações chinesas cresceram 39% em outubro, alcançando 750 mil toneladas, enquanto o Brasil exportou volumes recordes de 4,2 milhões de toneladas no mês, consolidando-se como principal fornecedor global. O mercado chinês absorveu 619,35 mil toneladas de açúcar brasileiro em outubro, crescimento de 58% em relação ao mesmo período de 2024. Este movimento evidencia a estratégia chinesa de ampliar estoques em momento de preços favoráveis, beneficiando diretamente as exportações brasileiras. A média do contrato Março/2026 do açúcar demerara na ICE Futures é de 14,72 centavos de dólar por libra-peso, alta de 1,7% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 14,42 por saca de 5 Kg, estável nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,53 por saca de 1 Kg, sem variação no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.