15/Dec/2025

Os contratos futuros do açúcar demerara para março subiram 25 pontos (1,68%) e fecharam a sexta-feira (12/12) a 15,10 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York, recuperando as perdas da véspera e consolidando o retorno ao patamar psicológico de 15,00 centavos de dólar por libra-peso. O movimento de alta foi marcado por sustentação técnica e fundamental: o mercado volta a considerar que as cotações atuais rondam o custo de produção das usinas do Centro-Sul, apontado por executivos do setor, como um nível crítico para viabilidade operacional. Valores persistentemente abaixo desse piso poderiam levar a uma migração maior para etanol na próxima safra, ajustando a oferta global de açúcar. Apesar da recuperação, o curto prazo ainda inspira cautela.

A oferta asiática segue folgada: a Índia produziu 4,1 milhões de toneladas nos dois primeiros meses da safra, alta de 43% ante igual período anterior. No Brasil, os dados mais recentes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) confirmou produção acumulada 2% superior à da temporada passada no Centro-Sul. Além disso, a produtividade da cana-de-açúcar no Centro-Sul registrou leve avanço em novembro, alcançando 63,3 toneladas por hectare, alta de 0,7% em relação às 62,8 toneladas por hectare do igual mês da safra anterior, segundo o Boletim De Olho na Safra do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). O levantamento, baseado na Plataforma de Benchmarking do CTC, também indica melhora na qualidade da matéria-prima. O Açúcar Total Recuperável (ATR) do mês subiu 8,6%, de 123,6 Kg/t para 134,3 Kg/t.