26/Abr/2019
A situação da peste suína africana, que teve forte efeito no plantel de suínos da China, deve piorar antes de melhorar. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a doença está se espalhando mais rapidamente do que se esperava. Nos últimos meses, autoridades do Japão, de Taiwan e da Austrália encontraram carne infectada em outros alimentos carregados por turistas. Desde então, a doença já foi confirmada em planteis no Vietnã, na Mongólia e no Camboja.
Segundo a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), o que foi encontrado até agora é alarmante e mostra que há riscos de que a doença se espalhe ainda mais pela região. A dificuldade da China para conter a doença está relacionada à forma como os suínos são criados no país. Existem milhões de propriedades com menos de 500 suínos, que frequentemente são alimentados com restos de comida que podem conter carne infectada com o vírus. O governo paga 1.200 yuans (US$ 179,00) por suíno abatido. Especialistas, no entanto, afirmam que alguns produtores podem relutar em reportar doenças quando os suínos poderiam ser abatidos e vendidos por preços mais altos.
Em fevereiro, o Ministério da Agricultura da China criticou e multou duas companhias por não reportarem infecções no tempo correto e por tentarem vender animais que não focam colocados em quarentena como necessário. Até mesmo grandes empresas vêm enfrentando dificuldades. A WH Group, maior produtora de suínos do mundo e proprietária da Smithfield Foods, teve de fechar um abatedouro na China por seis semanas depois de um fornecedor levar suínos infectados para suas instalações. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.