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09/Mai/2019

Suíno: Brasil deverá ampliar exportações à China

O avanço da peste suína africana (PSA) na China, com perdas estimadas neste ano de 35% na produção do país que é o maior consumidor e produtor de carne suína, deve ampliar a exportação para os produtores brasileiros de proteína animal (suínos, aves e bovinos). Também acende o sinal de alerta quanto a possíveis aumentos de preços e reflexos na inflação no País até o final deste ano e no próximo. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), nos novos negócios de exportação de carne suína fechados já existe um aumento de preço de US$ 1.000,00 por tonelada na comparação com três meses atrás. Os efeitos da doença significam uma quebra de paradigma no mercado de proteína animal. Isso deve impulsionar as vendas do Brasil e de outros países para o gigante asiático.

A doença, que é fatal para os suínos, mas não prejudica os seres humanos, começou a afetar os suínos na China em meados de 2018 e se alastra desde o final do ano passado. Estima-se que entre 150 milhões a 200 milhões de suínos já morreram no país asiático. Com uma produção de 54 milhões de toneladas no ano passado, segundo dados do Departamento de Agricultura do Estados Unidos (USDA), a China é o maior produtor de carne suína do mundo e responsável pela metade da oferta do produto no planeta. Cada habitante consome cerca de 40 Kg do produto por ano, volume equivalente ao consumo per capita do brasileiro de carne de frango. O comércio mundial de carne suína movimentou, no ano passado, 8 milhões de toneladas. As perdas por conta da peste suína giram em torno de 16 milhões de toneladas. Não há produto para atender essa demanda. Apesar do quadro favorável para as vendas externas de proteína animal, as estatísticas de exportação ainda não mostram um boom nas vendas.

Segundo o Rabobank, o principal efeito da peste suína africana nas exportações para a China ainda está por vir. Isso porque a China tem um grande estoque do produto. Um avanço maior deve ocorrer no segundo semestre. Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil, já é possível observar um avanço nas vendas externas de suínos em abril. As exportações brasileiras de suínos totais cresceram 51,4% em valor em comparação com abril de 2018 e atingiram US$ 110 milhões. A tendência é de alta. O cenário é favorável pois o Brasil vai reduzir vendas de soja e farelo para China e ampliar as vendas de carnes, que são produtos de maior valor agregado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.