09/Mai/2019
Desde julho do ano passado, as exportações brasileiras de carne bovina in natura estão em ritmo intenso, com o volume superando as 100 mil toneladas. Em abril, a quantidade embarcada somou 109,8 mil toneladas, a maior para o mês, considerando-se toda a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse bom desempenho está atrelado à maior competitividade da carne nacional no mercado externo. Vale lembrar que o custo de produção no Brasil está abaixo do de importantes produtores e a demanda por parte da China está aquecida. Além disso, o câmbio em altos patamares também favorece as vendas brasileiras ao mercado externo.
Em abril, o dólar teve média de R$ 3,90, sendo 1,56% superior à média de março/2019 e expressivos 14,4% acima da média de abril/2018. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume embarcado em abril recuou 7,36% frente ao de março/2019, mas aumentou 56,64% em relação a abril de 2018. De janeiro a abril, as exportações somam 446,21 mil toneladas, 15% mais que no mesmo período do ano passado e abaixo apenas do verificado nos quatro primeiros meses de 2007, quando 455,04 mil toneladas foram embarcadas pelo País.
O preço da carne bovina in natura exportada, por sua vez, atingiu em abril o maior patamar de 2019, mas foi inferior ao verificado nos mesmos meses de 2018 e 2017. O preço médio de abril/2019 foi de US$ 3.785,53 por tonelada, 1,74% superior ao preço médio de março/2019, mas 5,37% menor que o de abril/2018. Quanto à receita, somou US$ 415,67 milhões em abril, queda de 5,74% frente ao mês de março/2019, mas 48,25% superior à receita de abril de 2018.
Em moeda nacional, o montante foi de R$ 1,62 bilhão, recuo mensal de 4,3%, mas forte alta anual de 70%. Em São Paulo, no atacado, os preços da carcaça casada do boi e do traseiro registram estabilidade neste início de maio. A carcaça casada do boi é negociada à vista a R$ 10,74 por Kg e o traseiro, também à vista, a R$ 12,37 por Kg. Os demais cortes apresentam movimentos distintos. Enquanto o dianteiro apresenta desvalorização de 1,3% no acumulado parcial deste mês, negociado a R$ 9,30 por Kg, a ponta da agulha teve acréscimo de 1,7%, indo para R$ 9,06 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.