22/Mai/2019
Os frigoríficos que conseguiram alongar suas programações de abate nas últimas semanas e não veem sinais de que a demanda possa reagir num futuro próximo devem começar a pressionar os preços da arroba no físico. Além disso, há um fator adicional de pressão, que é o aumento da oferta de bovinos prontos decorrente da piora na qualidade das pastagens. A chegada do frio e do tempo seco deve diminuir a oferta de pastagens, com o pecuarista direcionando os bois para confinamento ou para o abate, e assim, diminuindo a lotação para a entressafra.
O escoamento da carne bovina no atacado segue lento e as escalas confortáveis das indústrias permitem testar preços menores pela matéria-prima. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 154,00 por arroba à vista e a R$ 156,00 por arroba a prazo. No Estado, há negócios fechados acima das referências, especialmente quando se trata de exportações. Em Tocantins, a cotação é de R$ 141,00 por arroba a prazo. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que até a terceira semana do mês de maio foram exportadas 78,3 mil toneladas de carne bovina in natura, com média diária de 6,5 mil toneladas.
Em abril, a média diária foi de 5,2 mil toneladas e em maio do ano passado, de 4,3 mil toneladas. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. A ponta de agulha segue cotada a R$ 8,70 por Kg; o corte traseiro a R$ 11,50 por Kg e o dianteiro permanece a R$ 9,00 por Kg. A demanda por cortes menos nobres é maior, o que reflete a demanda mais frágil característica da segunda quinzena do mês. Há registro de sobras de cortes de traseiro nos entrepostos.