14/Jun/2019
Segundo estimativa do Rabobank, o consumo de carne suína na China caiu, em média, de 10% a 15%, em meio ao surto de peste suína africana que assola os plantéis locais. O consumo de carne suína na China tem sido fraco por preocupações de consumidores e processadores ligadas à segurança do alimento. Os preços da carne suína no país estão estagnados nos últimos meses. A estabilidade dos preços pode ter motivos diferentes, como a venda de estoques congelados ou o abate de suínos em áreas afetadas recentemente pela peste na região sul do país.
Entanto, a explicação mais provável é a queda no consumo. Isso porque, de acordo com o Ministério da Agricultura da China, o abate dos grandes frigoríficos no primeiro quadrimestre de 2019 caiu 8% ante o mesmo período de 2018. Os abates totais devem ter recuado entre 10% e 15% no período. Os preços estáveis sugerem que oferta e demanda estão razoavelmente equilibradas, o que poderia causar uma queda de 10% a 15% também no consumo. A projeção é de que um provável aumento de preços no futuro pode causar mais mudanças no consumo de carne suína do país em 2019.
O preço influenciará níveis de consumo. A China deve levar mais de cinco anos para recuperar sua capacidade de produção de carne suína, o que dará tempo aos chineses de se acostumarem com outros tipos de proteína animal. Dessa forma, a tendência de consumidores reduzirem as compras de carne suína, que já existia nos últimos anos, pode se acelerar. Mesmo assim, a carne suína deve continuar sendo a proteína mais consumida no gigante asiático. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.