22/Feb/2024
As desvalorizações dos principais insumos utilizados na suinocultura, milho e farelo de soja, têm superado os recuos observados nos preços do suíno vivo no mercado independente. Diante disso, o poder de compra dos suinocultores de São Paulo vem crescendo de janeiro para esta parcial de fevereiro. No caso do suíno vivo, os preços iniciaram fevereiro em alta, influenciados pela maior demanda de frigoríficos, que buscaram repor estoques de carne suína, tendo em vista a procura pela proteína mais aquecida na ponta final. Entretanto, com a entrada da segunda quinzena do mês, período em que sazonalmente a demanda doméstica se enfraquece, em razão do menor poder de compra do consumidor, os compradores se afastaram da aquisição de novos lotes de suínos, contexto que resulta em queda de preços.
Assim, na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o valor do suíno vivo registra média de R$ 6,60 por Kg na parcial de fevereiro, leve baixa de 0,9% frente à média verificada em janeiro. No mercado de milho, nesta parcial de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&F (Campinas - SP) tem média de R$ 62,70 por saca de 60 Kg, retração de 4,8% frente à de janeiro. A baixa está atrelada à retração de compradores do mercado spot nacional. Esses consumidores brasileiros aguardam desvalorizações mais intensas do cereal, fundamentados na queda dos preços internacionais, que, por sua vez, recuaram devido à ampla oferta de milho nos Estados Unidos. Além disso, a colheita da safra de verão (1ª safra 2023/2024) e o consequente aumento da disponibilidade interna reforçaram o movimento de baixa. O farelo de soja é negociado na região de Campinas (SP) à média de R$ 2.037,04 por tonelada em fevereiro, forte recuo de 8,1% em relação à do mês anterior.
O derivado tem se desvalorizado no spot nacional, influenciado pelas consecutivas baixas nos preços da soja em grão. Além disso, a demanda nacional pelo derivado está enfraquecida em fevereiro, tendo em vista que os consumidores se mostram abastecidos. Diante desse cenário, levando-se em consideração o suíno negociado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e os insumos comercializados no mercado de lotes da região de Campinas, o suinocultor pode comprar 6,31 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno em fevereiro, quantidade 4,1% maior que a de janeiro. De farelo de soja, o suinocultor consegue adquirir 3,23 Kg, 7,7% a mais no mesmo comparativo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.