23/Feb/2024
Os preços do boi gordo estão firmes no mercado físico em várias regiões do País, embora haja pressão, por parte das indústrias, para desvalorizar o boi gordo. O movimento é estimulado pela procura reduzida de bois terminados por parte dos frigoríficos, em função da fraca demanda dos consumidores no período pós-Carnaval. De fato, havia uma expectativa positiva de vendas para o mês de fevereiro, pois parte da indústria acreditava que o recebimento de salários, de um lado, e os feriados de Carnaval, de outro, poderiam impulsionar o consumo de carne bovina no País.
Entretanto, não foi este o cenário que se desenhou nos últimos dias. A procura por carne bovina no atacado foi oposta às expectativas positivas do mercado, pois a demanda se mostrou instável e sem destaques. O consumo de carne bovina em fevereiro decepcionou e, neste momento, a preocupação da indústria está nas condições do mercado nesta segunda quinzena de fevereiro, quando o poder de compra das famílias costuma estar, em alguma medida, deteriorado, e isso não favorece o consumo de carne bovina.
Outro fator de atenção segue sendo o movimento dos fiscais federais agropecuários, que estão em operação padrão por melhores condições salariais e de carreira. Frigoríficos dizem que o movimento já está afetando os embarques de carne bovina, o que pode resultar em maior pressão sobre a arroba no mercado físico, pois a indústria optaria por retardar os abates para não acumular carne nas câmaras frias.
Em São Paulo, o boi gordo se mantém estável, cotado a R$ 235,00 por arroba a prazo. Na Bahia, a cotação é de R$ 230,00 por arroba a prazo. No Paraná, o boi gordo é negociado a R$ 235 por arroba a prazo; em Minas Gerais, a R$ 227,92 por arroba; em Mato Grosso, a R$ 213,56 por arroba; no Pará, a R$ 206,96 por arroba; em Rondônia, a R$ 201,72 por arroba; em Tocantins, a R$ 212,87 por arroba; em Goiás, a R$ 220,81 por arroba; e em Mato Grosso do Sul, a R$ 223,62 por arroba.