26/Feb/2024
O boi gordo segue pressionado no mercado físico. Com a oferta descolada da demanda, algumas regiões pecuárias já apresentam queda na referência, um movimento que pode se intensificar ao longo dos próximos dias, com a perda de poder de compra do consumidor, pela proximidade do fim do mês. O boi gordo está em baixa no mercado físico, embora a queda não seja tão significativa. São perdas semanais de R$ 2,00 a R$ 3,00 por arroba. Essa pressão se dá pelo excesso de oferta, com o abate de fêmeas se mantendo em nível elevado desde o início do ano. O consumo continua enfraquecido, o que motiva frigoríficos a realizarem ofertas abaixo da referência.
A demanda do consumidor está aquém do esperado, decepcionou até no Carnaval, o que levou os estoques a se movimentarem pouco. A continuidade da operação padrão que os fiscais federais agropecuários realizam nos últimos dias, reivindicando melhores salários, reestruturação da carreira e concurso público para a abertura de mais vagas também afeta o ritmo de abate pelos frigoríficos, que, em geral, são postergados. Isso, inclusive, retira alguns deles do mercado. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 235,00 por arroba a prazo. Em Goiás, a cotação é está entre R$ 215,00 e R$ 217,00 e na Bahia, R$ 220,00 por arroba. Em Tocantins, o boi gordo é negociado a R$ 206,77 por arroba, e em Minas Gerais, R$ 225,21 por arroba.