27/Feb/2024
A estabilidade predomina no mercado físico do boi gordo, com preços firmes. No entanto, o consumo retraído que limita as negociações sugere uma possível pressão para reduzir os valores de referência nas regiões pecuárias. Escalas confortáveis, preenchidas por pelo menos uma semana na maior parte da indústria, contribuem para a diminuição das atividades de compra. A queda nas operações de aquisição e negociações por parte dos frigoríficos deve se reforçar nesta semana, influenciada pela redução do poder de compra dos consumidores e pelos impactos tradicionais da Quaresma no consumo de carne. A pressão baixista dos últimos dias indica uma tendência de queda nos preços.
Os frigoríficos já reduziram o ritmo de compras, refletindo em um volume de gado negociado consideravelmente menor. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 235,00 por arroba a prazo e as escalas estão preenchidas por 19,9 dias. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 215,00 por arroba; no Pará, R$ 208,00 por arroba; em Tocantins, R$ 205,00 por arroba; e no Rio Grande do Sul (que considera 50% do rendimento da carcaça) a cotação é de R$ 8,25 por Kg. Há uma dinâmica de estagnação nos preços, contrariando expectativas de variações mais significativas. A demanda doméstica enfraquecida por carne resulta em oferta excedente de boi gordo.