13/Mar/2024
Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), o faturamento da indústria de saúde animal no Brasil deve crescer cerca de 3% em 2023, de R$ 10,5 bilhões para R$ 11 bilhões. A entidade destaca, porém, que são números preliminares, já que algumas empresas associadas ao sindicato e de capital aberto só poderão reportar seus resultados após o fechamento do primeiro trimestre de 2024. Os dados definitivos devem ser divulgados pelo Sindan em maio.
O tímido crescimento no ano passado pode ser atribuído ao desempenho dos ruminantes, categoria animal que representa mais da metade do mercado de produtos veterinários no País. O setor passou por grande instabilidade no ano passado, como a alta dos custos de insumos para a pecuária aliada à queda brusca no preço da arroba do boi gordo e do litro de leite pago ao produtor. Tal situação levou a uma alta de 10% nos abates de vacas e a um desestímulo ao segmento leiteiro no último ano. Outro ponto que pesou foi a retirada da vacinação contra febre aftosa em vários Estados. A perda de receita com o produto já era prevista pelo Sindan e pelas indústrias fabricantes.
O que não se esperava, porém, era que a suspensão da vacinação traria um impacto negativo sobre outros tratamentos realizados geralmente em conjunto com a aftosa, o que vem acontecendo em diversas regiões do País. De toda forma, a alta prevista de 3% no faturamento do setor é normal, diante do cenário macroeconômico do Brasil. Trata-se de um momento de reacomodação do mercado, após anos de crescimento muito acima da média. Enquanto o segmento de ruminantes patinou em 2023, os de aves e suínos garantiram o crescimento e, em menor escala, os animais de companhia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.