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08/Apr/2024

EUA: surto de Influenza Aviária no rebanho leiteiro

Um surto de Influenza Aviária que levou ao abate de cerca de 80 milhões de aves nos Estados Unidos nos últimos dois anos está afetando agora vacas leiteiras, interrompendo temporariamente a produção de leite e fazendo com que alguns Estados aumentem as restrições à movimentação de animais nas divisas interestaduais. Há temores de que a doença se espalhe para o gado de corte e acabe prejudicando a demanda por carne bovina. Pecuaristas estão intensificando medidas preventivas, adotando táticas da indústria de frango para espantar aves silvestres conhecidas por transmitir a doença, como instalação de sistemas de laser para espantar aves silvestres. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou nas últimas duas semanas casos de Influenza Aviária em mais de uma dúzia de rebanhos leiteiros no Texas, Kansas, Novo México, Michigan e Idaho. Nenhuma vaca morreu por causa da doença. As infecções ficaram limitadas a bovinos mais velhos que se recuperaram depois de apresentar sintomas moderados. A doença ainda não foi confirmada em gado de corte.

No dia 1º de abril, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) informou que uma pessoa no Texas foi infectada com o vírus da gripe aviária H5N1 após exposição a vacas leiteiras que supostamente estavam infectadas. A pessoa relatou vermelhidão nos olhos como único sintoma e foi tratada com um medicamento antiviral. O risco da gripe aviária para a saúde humana continua baixo para o público em geral dos Estados Unidos, mas pessoas com exposição prolongada a animais infectados ou seus ambientes correm maior risco. Os casos de gripe aviária em vacas leiteiras mexeram com os mercados de gado na última semana. Os preços futuros na Bolsa de Chicago ficaram voláteis após as primeiras notícias e continuam em queda, com temores de menor demanda de consumidores por carne bovina ou restrições à exportação. Até agora, nenhum país impôs restrições à carne bovina ou a produtos de leite dos Estados Unidos por causa da gripe aviária. Analistas não acreditam que a doença afetará a demanda de consumidores por esses produtos, já que não prejudicou o consumo de frango ou ovos. O que afetou o consumo de ovos foram os preços altos, não a doença em si.

Não há preocupações com a segurança do leite comercial no momento, pois os produtos nas prateleiras das lojas são pasteurizados, de acordo com o USDA e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA). As fazendas leiteiras devem enviar leite apenas de vacas saudáveis para processamento, e o leite deve ser pasteurizado para entrar no comércio interestadual para consumo humano. O leite de vacas infectadas está sendo retirado da cadeia ou destruído. O USDA ainda não sabe se a doença está sendo transmitida de uma vaca para outra, e, por enquanto, atribui as infecções a aves silvestres. Alguns representantes da indústria disseram que a doença pode estar se espalhando por meio de leite não pasteurizado. A National Cattlemen's Beef Association, entidade que representa pecuaristas nos Estados Unidos, disse estar recomendando que criadores limitem o trânsito de bovinos para fazendas ou confinamentos e coloquem em quarentena novos bovinos que estejam sendo introduzidos a rebanhos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.