19/Ago/2019

Nesta segunda quinzena, a arroba do boi gordo, cujo preço foi formado principalmente pela oferta restrita de bovinos na primeira metade do mês, agora passa a ser guiada pelo consumo. Com essa mudança, é provável que os preços parem de subir, principalmente por causa da queda na demanda interna que costuma ocorrer nesse período. Boa parte dos frigoríficos já se prepara para o cenário de menor demanda mantendo as escalas de abate relativamente curtas.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 153,50 por arroba à vista e entre R$ 155,50 e R$ 158,00 por arroba a prazo. É provável que os preços se mantenham estáveis a partir de agora. Algumas indústrias mostram resistência em realizar maiores compras de gado, preocupadas com ônus gerado pela formação de estoque ou dificuldade de repasse de custo ao atacado. Na Região Centro-Oeste, os pecuaristas esperam reduzir o volume de bovinos terminados a cocho neste segundo giro de confinamento, mas com rentabilidade líquida maior. Na Região, a falta de oferta de gado de reposição e a menor quantidade de bois confinados pode levar à menor disponibilidade de bovinos para abate no segundo semestre, o que deve impulsionar a arroba.