25/Apr/2024
Com baixa demanda interna e oferta elevada, as cotações do suíno vivo estão em baixa em praticamente todas as regiões. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno independente, posto no frigorífico, apresenta desvalorização de 4,2% nos últimos sete dias, cotado a R$ 6,37 por Kg. Em Minas Gerais, na região Belo Horizonte, o suíno vivo registra recuo de 4,7% nos últimos sete dias, comercializado a R$ 6,08 por Kg. No Paraná, na região norte, a queda no preço é de fortes 5,9% no mesmo comparativo, com o suíno negociado, em média, a R$ 5,94 por Kg. A retração dos valores pagos pelo suíno vivo no mercado independente em abril tem reduzido o poder de compra do suinocultor de São Paulo frente ao farelo de soja.
Em relação ao milho, o poder de compra do produtor vem aumentando neste mês, uma vez que o cereal registra desvalorização mais intensa que a verificada para o suíno. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço do suíno registra queda de 1% entre março e abril, com a média atual a R$ 6,61 por Kg. A pressão sobre os valores vem do enfraquecimento da demanda por parte da indústria por novos lotes de suínos para abate. No mercado de milho, os compradores brasileiros indicam ter estoques e, por isso, aguardam que o bom andamento das safras possa manter as cotações em baixa. Nem mesmo as recentes valorizações do dólar, que aumentam a paridade de exportação, são suficientes para elevar os valores do cereal no mercado doméstico. Desta forma, o Indicador ESALQ/BM&F do milho (Campinas - SP) registra média de R$ 60,09 por saca de 60 Kg em abril, recuo de 4% frente à média de março.
Em relação ao farelo de soja, apesar da recente valorização da matéria-prima, as negociações envolvendo o derivado seguem lentas, com consumidores cautelosos nas aquisições. Assim, o preço médio do farelo apresenta leve baixa de 0,5% entre março e abril, a R$ 1.874,80 por tonelada neste mês. Logo, considerando-se o suíno vivo comercializado na região produtora de São Paulo e os insumos negociados no mercado de lotes da região de Campinas, o suinocultor paulista consegue comprar 6,61 Kg do cereal com a venda de 1 Kg de suíno em abril, quantidade 3,3% maior que a de março. No caso do farelo, também negociado na região de Campinas, o suinocultor pode adquirir 3,53 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de suíno, retração de 0,5% frente ao volume possível de ser comprado no mês anterior. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.