22/Ago/2019
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o aumento das exportações de carne de frango e suína nos sete primeiros meses de 2019 representa apenas o começo do impacto da peste suína africana (PSA) no mercado global de proteína animal. A China é o principal driver, mas esse processo é em toda a Ásia e pode causar crise de alimentação. Nos próximos meses, quando a temperatura na China começar a ficar mais fria e o consumo local aumentar, o efeito nos preços deve ser mais forte, até porque haverá menos reposição de suínos, já que o país vem fazendo abates sanitários adiantados.
Quanto a habilitações de novas plantas para a China, a entidade afirmou que isso depende do governo do gigante asiático, mas que o Brasil está preparado para ampliar o número de unidades com permissão de exportar. Mas, é a China que decide quando irá habilitar. Possivelmente, as habilitações estejam demorando mais do que se esperava porque a China não quer demonstrar vulnerabilidade. Se várias plantas forem habilitadas repentinamente, é possível que o preço aumente. Então, os chineses estão demonstrando segurança. De qualquer modo, há formas de aumento de exportação para a China sem que novas plantas sejam, necessariamente, habilitadas.
As unidades brasileiras que já têm exportação para lá podem direcionar toda a sua produção para o gigante asiático. Hoje, parte dela vai para outros países e até para o mercado interno. Além disso, a China pode querer importar partes que hoje o país não consome, como por exemplo, coxa com sobrecoxa, ou peito de frango, produtos que não são de seus hábitos. Entretanto, os preços da proteína no mercado interno, como consequência, podem aumentar, pois vai haver disputa pelo produto. A entidade trabalha para estreitar as relações com a China, já contando com um representante fluente em mandarim no país. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.