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17/May/2024

Boi: Marfrig divulga resultado do 1º trimestre/2024

A Marfrig Global Foods encerrou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 62,6 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 634 milhões de igual período de 2023. O Ebitda subiu 94,8% ante o primeiro trimestre de 2023, de R$ 1,358 bilhão para R$ 2,646 bilhões. A margem Ebitda ficou em 8,7%, 4,1% acima de um ano antes. A receita líquida aumentou 3,8%, de R$ 29,258 bilhões para R$ 30,371 bilhões de janeiro a março deste ano. A proteína bovina, foco das operações da Marfrig na América do Sul e na América do Norte, representou 56% da receita líquida total da empresa no trimestre. Produtos derivados de proteínas de aves e suínos, mercados nos quais a BRF está entre as líderes globais, tiveram participação de 44% nas vendas. A dívida líquida fechou o primeiro trimestre de 2024 em R$ 36,209 bilhões, queda de 10% ante igual período de 2023.

A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, passou de 3,50 vezes ao fim de março de 2023 para 3,43 vezes no término do primeiro trimestre deste ano. O fluxo de caixa operacional atingiu R$ 1,5 bilhão de janeiro a março. Os investimentos consolidados no primeiro trimestre foram de R$ 854,7 milhões. A operação América do Norte, capitaneada pela National Beef, registrou receita líquida de US$ 2,830 bilhões, alta de 9,6% em relação a igual período de 2023. O Ebitda ficou em US$ 58 milhões, queda de 42,6%. A margem Ebitda da operação foi de 2,1%, contra 3,9% um ano antes. O volume total comercializado pela unidade foi de 477 mil toneladas, alta de 2,4%. Do total, 415 mil toneladas foram destinadas ao mercado interno e outras 62 mil toneladas ao mercado externo. Na operação América do Sul, a receita líquida aumentou 11%, para R$ 3,078 bilhões no primeiro trimestre de 2024.

O Ebitda alcançou R$ 290 milhões, alta de 7,4%, enquanto a margem Ebitda ficou em 9,6%. O volume de vendas foi de 165 mil toneladas, 13% maior na comparação anual. Foram 60 mil toneladas exportadas e 105 mil toneladas destinadas ao mercado interno. A partir do primeiro trimestre de 2024, a administração da Marfrig passou a apresentar exclusivamente os resultados das operações continuadas na América do Sul (complexos industriais e unidades no Brasil, no Uruguai e na Argentina). A companhia destacou que o resultado da BRF, com receita líquida de R$ 13,3 bilhões, Ebitda de R$ 2,1 bilhões e margem Ebitda de 15,9%, foi um dos impulsionadores do seu desempenho no primeiro trimestre de 2024. A XP Investimentos avalia que os resultados consolidados da Marfrig no primeiro trimestre do ano vieram em linha com o esperado.

A corretora, contudo, destaca que a introdução de novos métodos de divulgação adiciona complexidade na leitura do balanço. Agora os dados da companhia focam nas operações continuadas e limitam a visibilidade dos ativos à venda. Segundo a Marfrig, a alteração visa fornecer uma visão mais clara sobre o futuro da empresa. A XP, no entanto, pontua que a mudança tornou a leitura dos lucros mais complexa devido à natureza das operações intercompanhias. A nova abordagem de divulgação focada nas Operações Continuadas é vista como positiva, proporcionando uma visão mais clara do futuro da empresa. Já a interpretação dos números de receita líquida e lucro bruto permanece complexa por conta das operações entre as companhias do grupo.

A Marfrig espera melhorar as margens na América do Sul, após uma leve queda no primeiro trimestre de 2024. Os motivos para essa queda foram o calendário de feriados e questões macroeconômicas no período de janeiro a março. Nesse primeiro trimestre, juntou Carnaval com Semana Santa, o que tirou vários dias úteis. Também houve aumento estratégico da exportação da National Beef, assim como o movimento dos fiscais, o que atrapalha a emissão de certificados. Além disso, observou-se uma queda nos preços de subprodutos e do dólar na comparação trimestral. O balanço da Marfrig passou a excluir do resultado consolidado gerencial os dados referentes às unidades descontinuadas, que foram vendidas para a Minerva, em transação que ainda depende da aprovação das autoridades antitruste. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.