29/May/2024
Os preços do boi gordo no mercado físico estão pressionados. Com a oferta elevada de bois terminados, os frigoríficos aproveitam para comprar lotes abaixo do preço de referência, a fim de alongar escalas. Neste cenário, o preço registra recuo em várias regiões. Em São Paulo, após recuar R$ 5,00 por arroba na semana passada, a cotação se mantém em R$ 227,00 por arroba a prazo. A estabilidade reflete o baixo volume de negócios. As escalas estão confortáveis, com a oferta de carne preenchendo as lacunas. Além disso, o escoamento de carne bovina segue moroso no atacado.
Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 195,00 por arroba a prazo. Na Bahia, no Pará e em Tocantins, a cotação é de R$ 200,00 por arroba a prazo; em Mato Grosso, entre R$ 205,00 e R$ 210,00 por arroba a prazo; e no Acre, R$ 175,00 por arroba a prazo. A queda da cotação em diferentes regiões de Mato Grosso reflete o alongamento das escalas. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), os frigoríficos no Estado contavam com escalas suficientes para 10,63 dias de abates, em média, ou 62,54% acima da média dos últimos dez anos para o mês de maio, que é de 6,54 dias. A oferta da boiada do pasto tem exercido forte viés de baixa.
Uma queda mais acentuada pode estar sendo evitada pela continuidade do ritmo acelerado de exportação de carne bovina do Brasil. Em São Paulo, no atacado, os preços estão em queda, com as vendas fracas da proteína e boa oferta de boi gordo. A cotação da carcaça casada de boi registra queda pela terceira semana consecutiva. O recuo é de 2,9%, para R$ 14,95 por Kg. A cotação da carcaça casada de boi inteiro cedeu pela segunda semana seguida, com desvalorização de 4,4%, para R$ 14,00 por Kg. As cotações das carcaças casadas de fêmeas também caíram: a da vaca recuou 4,6%, para R$ 13,50 por Kg, e a da novilha 4,8%, para R$ 13,85 por Kg.