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01/Jul/2024

Boi: tourinhos importados finalizam quarentena em SP

Nove tourinhos da raça holandesa importados dos Estados Unidos estão em fase final de quarentena em Botucatu, no interior de São Paulo. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a quarentena foi aberta em 30 de abril. Os tourinhos jovens vão iniciar aos 12 meses a coleta de sêmen em Central de Coleta e Processamento de sêmen para fins de reprodução de bovinos com aptidão leiteira. São animais de alta performance e genética das melhores criações norte-americanas com finalidade de melhoramento genético do rebanho brasileiro. Para os tourinhos chegarem ao Brasil, eles percorreram um longo caminho. Saíram do Texas (EUA), com exames clínicos, chegaram em Miami (EUA), onde alguns com pink eye (doença causada por bactéria) foram separados e excluídos da viagem.

No Brasil, os nove tourinhos ficaram sob o acompanhamento do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e dos veterinários da empresa importadora. A qualquer sinal de doença, o SVO seria acionado para acompanhar a coleta de exames e manter a vigilância sanitária. A quarentena dura no mínimo 30 dias em local específico, com monitoramento diário. Eles se recuperaram bem da viagem, não tiverem nenhuma doença ou intercorrência. Estão quase aptos a serem liberados pelo Serviço de Saúde Animal do Mapa. O Brasil ainda importa bovinos da raça holandesa, que foi introduzida no Brasil entre 1530 e 1535, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH) porque, apesar de ter excelentes bovinos da raça, especialmente as fêmeas produtoras de leite, os touros ainda não são provados. Um touro provado é aquele que passou por processo de seleção genética e seus filhos e filhas já apresentaram resultado para as principais características desejadas.

Quanto mais descendentes ele tiver, maior o teste a que ele foi submetido e mais confiáveis são os resultados. É um processo caro e demorado, desenvolvido em outros países e ainda em evolução no Brasil para o gado leiteiro. Ainda de acordo com a ABCBRH, de janeiro de 2023 a junho de 2024, o Brasil recebeu sêmen de 664 touros, que foram nacionalizados. Nacionalizar o material genético significa registrá-lo no País para que os descendentes possam ser também registrados. A maioria veio dos Estados Unidos (460), Canadá (91) e Holanda (52). O Brasil tem programas de melhoramento genético de raças, especialmente para gado de corte. As raças mais importadas para cruzamentos são a holandesa (leite) e a angus (corte). O Mapa disponibiliza em seu site as características e exigências para a importação de raças de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos.

Para a importação de reprodutores ou de seus materiais de multiplicação, o Mapa emite uma certificação zootécnica que visa, além de garantir a identidade do animal ou do sêmen/embrião, agregar melhoria genética ao rebanho nacional. O Mapa também verifica a questão sanitária dos animais que chegam ao Brasil. Entre as características que podem ser melhoradas pela genética estão a produção de leite, o peso ao nascer, a precocidade, a vida produtiva, a longevidade, a conformação, o sistema mamário e até aspectos econômicos. Segundo a Embrapa Gado de Leite, a raça holandesa está muito bem estruturada e seus criatórios organizados em seus registros zootécnicos e padrão genético pela ABCBRH. A Embrapa Gado de Leite colabora com as avaliações genéticas oficiais de animais utilizados nos rebanhos brasileiros. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.