08/Aug/2024
O México autorizou a retomada das importações de frango e derivados do Brasil, à exceção dos produtos provenientes do Rio Grande do Sul. A liberação foi informada na terça-feira (06/08) à noite pelo Serviço Nacional de Sanidade, Inocuidade e Qualidade Agroalimentar (Senasica) do México, órgão sanitário do país, ao Ministério da Agricultura. As exportações de produtos avícolas brasileiros ao país estavam suspensas desde 18 de julho em virtude da confirmação de um foco, já encerrado, da doença de Newcastle em uma granja comercial de Anta Gorda (RS).
Agora, permanecem suspensas as exportações de produtos avícolas ou frangos originários ou provenientes do Rio Grande do Sul para o México, ou seja, o país regionalizou o embargo sobre o frango nacional, conforme o ofício do Senasica enviado ao governo brasileiro. O México autorizou também a entrada dos estoques dos produtos avícolas brasileiros, à exceção do proveniente do Rio Grande do Sul, que estavam retidos ou embarcados ao país. O protocolo sanitário firmado entre Brasil e México prevê a suspensão cautelar dos embarques de todo o território nacional em casos de detecção de doença animal no plantel comercial, como a Newcastle.
A liberação do México ocorre após o Brasil notificar o fim do foco da doença à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em 25 de julho. As negociações entre o governo brasileiro e autoridades sanitárias do México para a flexibilização das restrições às exportações de produtos avícolas brasileiros vinham avançando nas últimas duas semanas. As questões técnicas estavam resolvidas e as autoridades brasileiras mantinham contatos diplomáticos e constantes com as autoridades sanitárias mexicanas desde a confirmação do episódio.
Em 2023, o Brasil exportou 171,567 mil toneladas de carne de frango para o México, com receita de US$ 367,316 milhões. O país está entre os dez principais destinos dos produtos agropecuários brasileiros. Com a flexibilização pelo órgão sanitário mexicano, apenas China e Argentina mantêm embargo sobre o frango de todo o País. O governo brasileiro espera também que estas suspensões possam ser flexibilizadas em breve. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.