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16/Aug/2024

Carnes: BRF divulga resultado do 2º trimestre/2024

A BRF reportou lucro líquido de R$ 1,094 bilhão no segundo trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 784 milhões de igual período de 2023. A receita líquida da companhia foi de R$ 14,93 bilhões, aumento de 22,3% na comparação anual. A empresa apresentou Ebitda ajustado de R$ 2,621 bilhões, alta de 160,4%, com margem de 17,6%, avanço de 9,3 pontos porcentuais. Segundo a BRF, é o melhor Ebitda para o período da história. A companhia atingiu a menor alavancagem em nove anos, de 1,14 vez. Há um ano, era de 3,75 vezes. Já a sua dívida líquida recuou 41,5%, para R$ 8,932 bilhões. A companhia também informou geração de caixa livre de R$ 1,728 bilhão. No segundo trimestre de 2023, a empresa havia apresentado consumo de caixa de R$ 694 milhões. A BRF relatou que a margem Ebitda no Brasil foi de 15,7%.

Segundo a companhia, o resultado refletiu o crescimento significativo do volume de vendas em todas as categorias em que atua, com destaque para o portfólio de processados. Fora do Brasil, a margem Ebitda da companhia foi de 21%. A alta foi impulsionada pela recuperação de preços em diversos destinos de venda e pela estratégia de diversificação de novos mercados. A empresa conquistou 32 novas habilitações para exportação, que contribuíram para o aumento do volume exportado e para a maximização da receita. A companhia comercializou 1,244 milhão de toneladas de produtos de abril a junho deste ano, alta de 5,4% em comparação com o volume de 1,180 milhão de toneladas de produtos de um ano antes.

No segmento Brasil, a receita operacional líquida foi de R$ 6,872 bilhões, alta de 5,8% em comparação com igual intervalo do ano passado. O preço médio dos produtos recuou 2,3%, para R$ 11,81 o quilo. No segmento internacional, a receita líquida foi de R$ 7,073 bilhões, alta de 16,8% na comparação anual. Por lá, o preço médio por produto avançou 10,4%, para R$ 12,71. O BRF+ 2.0, o seu programa de eficiência, segue apresentando melhora nos indicadores e consolidou R$ 374 milhões em capturas no trimestre. A companhia apresentou neste trimestre um consistente resultado operacional, com crescimento robusto de margem em todos os mercados em que atua e aumento expressivo de volume. A ocorrência de um caso da doença de Newcastle em Anta Gorda (RS), no mês passado, afetou a atuação da companhia diante da imposição de embargos à exportação da carne de frango do Brasil, mas a companhia soube superar essas adversidades e, de maneira muito rápida, mitigar as consequências.

A diversificação de mercados para os quais a BRF está habilitada a exportar foi fundamental para minimizar os efeitos dos embargos. A BRF, com todos os mercados que abriu nos últimos dois anos, pôde rapidamente tomar decisões através de um programa de eficiência, de uma decisão comercial e operacional, de transferir produção de um lado para outro. Ao longo deste ano, a BRF obteve 57 novas habilitações, o que aumenta sua capacidade de escolher seus mercados e fortalecer suas operações. Essa diversificação é fundamental para a estratégia da empresa, uma vez que permite explorar novos mercados e responder rapidamente a mudanças no cenário global. Foi ressaltada a importância do equilíbrio entre demanda e oferta da carne de frango para impulsionar os resultados da companhia, que teve lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre, uma reversão do prejuízo do igual período de 2023.

Esse equilíbrio não foi uma novidade do segundo trimestre, mas uma tendência observada ao longo do ano. Essa estabilidade permite que a BRF transite seus produtos nos mercados onde a demanda e a oferta estão favoráveis, evitando, assim, a pressão sobre os preços. Todo o portfólio de mercados e clientes dá essa opção. No segmento internacional, a receita operacional líquida da BRF foi de R$ 7,073 bilhões, alta de 16,8% na comparação anual. Já no segmento Brasil foi de R$ 6,872 bilhões, alta de 5,8% em comparação com igual intervalo de 2023. Dentro do País, o aumento da venda de embutidos e de margarinas foi um dos destaques da operação da companhia no País, assim como as linhas de congelados e frios.

A BRF trabalha com a perspectiva de fechar o ano de 2024 com, aproximadamente, 100 habilitações obtidas para os seus produtos. A BRF registrou 57 novas habilitações de plantas na primeira metade do ano e está trabalhando para habilitar 40 novos mercados até o final do ano, o que amplia o alcance internacional. Foram 32 habilitações no último trimestre, o que permite mais flexibilidade na colocação da produção e ajuda a evitar pressões de oferta em mercados específicos. Destaque para importância das novas habilitações para mercados, como o Reino Unido, além do aumento da demanda nas Filipinas e no México. A empresa tem observado estabilidade entre oferta e demanda em todas as regiões onde a BRF atua.

Esse equilíbrio torna a oferta e demanda mais resiliente, o que é fundamental para a manutenção da presença em mercados-chave. A companhia tem força nos países do Golfo e na Turquia, onde a demanda tem crescido. É um excelente momento no mercado Halal. Esses avanços se refletiram no resultado financeiro da BRF no segundo trimestre. A BRF afirma ter atingido 38,4% de market share nos países do Conselho de Cooperação do Golfo. O volume na Turquia cresceu 6,1% na comparação anual. O aumento do volume de vendas e a perspectiva de que a demanda permaneça firme levam a BRF a considerar a possibilidade de aumentar sua capacidade produtiva a partir do próximo ano, com a realização de investimentos, com uma maior alocação de recursos em prol do crescimento sustentável da companhia.

Há possibilidade de novos investimentos no Brasil, alinhados com o crescimento dos processados e a demanda internacional. Além disso, a BRF explora oportunidades de investimentos na Arábia Saudita por meio de sua joint venture com a Halal Products Development Company (HPCD), uma empresa parte do Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita. A empresa também planeja retomar o pagamento de dividendos, apoiada em um lucro líquido de R$ 1,7 bilhão no semestre. Um novo programa de recompra de ações foi anunciado, reforçando a convicção da BRF de que suas ações estão subvalorizadas no mercado.

No segundo trimestre, a BRF teve alta de 5,8% na receita operacional líquida no Brasil, para R$ 6,872 bilhões. Isso ocorreu pelo expressivo crescimento de volume no Brasil, especialmente no segmento de processados. As principais categorias responsáveis por esse crescimento foram: embutidos, margarinas e congelados, em que comercializa não só pratos prontos, mas também empanados e hambúrgueres. Sobre a sustentabilidade desse crescimento, a visão é positiva. A companhia está bastante otimista em relação à manutenção dos volumes para o segundo semestre do ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.