28/Aug/2024
Segundo o Itaú BBA, o consumo de carne bovina no Brasil deve se equiparar, este ano, ao recorde de 2013, que atingiu 32 quilos por habitante. A maior produção de carne bovina, na base de 15% em 2024 ante 2023, para 10 milhões de toneladas em equivalente carcaça, vai permitir uma expansão da oferta interna da proteína em torno de 13%. A exportação de carne bovina este ano deve alcançar 3,4 milhões de toneladas, avanço de 20% em relação a 2023. Após anos de pressão sobre os preços pecuários e margens reduzidas para os produtores, o cenário começa a se reverter.
A quantidade de bovinos confinados deve crescer no segundo semestre deste ano, impulsionada pelo baixo custo da ração, do boi magro e pelas boas oportunidades de fixação de preços no mercado futuro. Porém, com a oferta confortável, é importante ter cautela, destacando-se a importância do hedge para o boi terminado. Para 2025, a previsão é de uma recuperação no mercado de cria, uma vez que 2024 será o terceiro ano consecutivo de aumento dos abates de vacas.
A redução na produção de crias deve iniciar um movimento de recuperação dos preços, incentivando a retenção de fêmeas e diminuindo o excesso de gado para abate. Assim, enquanto os produtores devem experimentar uma melhora gradual, para a indústria o cenário permanecerá favorável, sustentado pelos preços retraídos do boi gordo em comparação aos da carne bovina, ainda que o spread no mercado doméstico possa se acomodar em níveis um pouco menores do que os atuais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.