22/Oct/2024
A Frigol, uma das principais processadoras de carne bovina do Brasil, tem intensificado seus esforços para reduzir a dependência das exportações para a China, diversificando seus mercados. Um dos pilares dessa estratégia é manter o alto nível de embarques para Israel, o segundo maior destino de suas exportações. Visando consolidar sua posição como maior exportadora de carne bovina brasileira para Israel e ampliar sua atuação em outros mercados do Oriente Médio, a Frigol fechou acordos que garantem o recebimento pelos embarques, mesmo em casos de imprevistos até a chegada ao destino final da proteína. A empresa não tem enfrentado problemas nas vendas para essa região. Os canais de distribuição de alimentos são privilegiados, como foi durante a pandemia.
O crescimento no mercado israelense ajudou a Frigol a reduzir sua dependência da China. No terceiro trimestre, 74% das exportações da empresa foram destinadas à China, ante 86% registrados no mesmo período de 2023 e 81% do segundo trimestre de 2024. Além de Israel, a Frigol também tem expandido para outros mercados. No terceiro trimestre, 11% das exportações de carne bovina foram para destinos fora da China, Israel e Hong Kong, contra 3% no mesmo período de 2023. O crescimento foi constante: a participação ficou em 6% no primeiro trimestre de 2024, 9% no segundo, e 11% no terceiro. Várias estratégias estão sendo adotadas, incluindo a reestruturação do departamento de vendas, agora dividido entre os mercados interno e externo para atender às suas particularidades.
Em maio de 2024, as três unidades da Frigol foram habilitadas a exportar para as Filipinas, que se juntaram a Singapura e Indonésia como destinos prioritários. A empresa também busca aumentar suas exportações para as Américas, com destaque para o Canadá. A meta é ampliar a diversificação e crescer principalmente nas Américas. No mercado interno, a Frigol também observou um cenário mais favorável em 2024. Isso contribuiu para a redução da participação das exportações na receita total, que caiu para 45% no terceiro trimestre, em comparação com 48% no segundo trimestre e 50% no primeiro. No terceiro trimestre de 2023, as exportações representavam 54% da receita. O mercado interno está muito forte e tem demandado cortes que antes eram exportados para outros países. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.