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29/Oct/2024

Boi: operação Carne Fria 2 aplica multas no PA e AM

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fiscalizou em outubro a cadeia que produz ou comercializa gado procedente de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia. Durante as investigações, chamada Operação Carne Fria 2, foram identificadas 69 propriedades rurais que criavam e comercializavam aproximadamente 18 mil cabeças de gado, em 26 mil hectares de áreas embargadas por desmatamento ilegal. Até o momento, foram realizados 154 autos de infração, totalizando R$ 364,5 milhões em multas e apreendidas 8.854 cabeças de gado produzidas nas áreas embargadas.

Além disso, a fiscalização do Ibama identificou 23 frigoríficos que adquiriram esses bovinos, tornando-se infratores ambientais. Também foram embargados 3 frigoríficos por estarem funcionando sem a licença ambiental ou em desacordo com a concedida. O embargo é aplicado quando constatada infração ambiental, com o objetivo de impedir a continuidade das irregularidades, sendo vedada qualquer atividade ou uso durante a vigência da medida administrativa. Segundo o Ibama, os frigoríficos foram autuados por adquirir produto de área embargada.

Os responsáveis pelas propriedades foram autuados por descumprimento de embargo, impedimento da regeneração natural e venda de produto de área embargada. Todos foram notificados para fazer a retirada do rebanho bovino das áreas interditadas. A operação ocorreu nos municípios de Novo Progresso, Santarém, Altamira, São Félix do Xingu, Igarapé-Açú, Portel, Anapú, Pacajá, Novo Repartimento, Ipixuna, Tomé-açú e Bom Jesus do Tocantins, no Pará e nos municípios de Boca do Acre e Lábrea, no Amazonas. As irregularidades constadas na operação serão comunicadas ao Ministério Público Federal para a adoção de medidas cíveis e criminais pertinentes.

As multas impostas pelo Ibama a fazendas de gado e frigoríficos, incluindo a maior do mundo, a JBS, chegam ao valor de R$ 365 milhões (US$ 64 milhões), por criar ou comprar gado em terras desmatadas ilegalmente na Amazônia. A JBS negou ter comprado gado das propriedades indicadas pelo Ibama e acrescentou que seu sistema de monitoramento geoespacial garante que a empresa não adquira bovinos de fazendas envolvidas em desmatamento ilegal, invasão de terras indígenas ou áreas de preservação ambiental. Fontes: Broadcast Agro e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.