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04/Nov/2024

Suíno: desafios do setor no mercado global da carne

Os produtores globais de carne suína mantêm uma postura cautelosa sobre a reconstrução de rebanhos, pressionados pelas incertezas no comércio, ameaças de doenças e a demanda em constante mudança. Questões logísticas e os possíveis impactos do fenômeno La Niña trazem ainda mais complexidade ao cenário. Apesar da melhora na lucratividade em algumas regiões, o rebanho global de matrizes permaneceu estável no terceiro trimestre de 2024, com poucos sinais de expansão. Um aumento sazonal na produção é esperado à medida que as temperaturas caem e o milho fresco se torna disponível, embora os desafios de saúde do rebanho também tendam a aumentar nessa época. A biossegurança segue como prioridade.

No segundo semestre de 2024, surtos na Coreia do Sul, Rússia e União Europeia geraram perdas de produção, limitando a recuperação dos rebanhos, mesmo com medidas preventivas. A previsão é que a pressão moderada de doenças na China possibilite um crescimento gradual do rebanho em 2025, com uma leve expansão esperada no Brasil, Estados Unidos e no sul da União Europeia. A produção de carne suína na União Europeia e no Reino Unido aumentou 3% entre janeiro e julho de 2024, reflexo do maior peso e volume de abates, embora o rebanho de matrizes tenha caído 0,6% em comparação com o final de 2023, uma tendência impulsionada por desafios de produção em países como a Holanda e a Espanha, que ainda enfrenta a PRRS Rosalía.

Os estoques globais de ração estão em níveis recordes, reduzindo os custos de produção suína. No entanto, a seca na América do Sul e na Ásia compromete a distribuição uniforme desses benefícios. Com uma colheita expressiva de milho e soja na América do Norte, espera-se um alívio no custo da ração, enquanto o fornecimento de trigo ainda mantém os preços elevados em algumas regiões. O consumo de carne suína mantém uma tendência positiva, influenciado por uma economia mais estável e menores custos de energia, embora os preços de serviços e alimentos ainda pesem sobre os consumidores. A demanda sazonal e o alto custo de proteínas concorrentes prometem sustentar o consumo no quarto trimestre de 2024, com um cenário de consumo e confiança do consumidor que impactará os preços e o comércio global. Fonte: RaboResearch. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.