16/Jan/2025
O preço do suíno vivo tem registrado queda acentuada neste primeiro mês de 2025, reflexo da combinação de vendas lentas e da oferta elevada de suínos para abate, cenário que vem sendo observado desde dezembro do ano passado. Quanto aos valores dos principais insumos utilizados na suinocultura (milho e o farelo de soja), estão em alta neste mês. Assim, o poder de compra dos suinocultores de São Paulo vem apresentando baixa expressiva frente a esses insumos. Vale lembrar que é o segundo mês consecutivo de recuo tanto para o milho quanto frente ao farelo de soja.
Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo apresenta desvalorização de fortes 13,1% de dezembro até a parcial de janeiro, com média de R$ 7,95 por Kg neste mês. Em relação ao milho, os preços iniciaram 2025 em alta, devido ao aquecimento na demanda e à retração de vendedores. Nem mesmo o início da colheita da safra de verão (1ª safra 2024/2025) tem sido suficiente para conter as recentes valorizações. O Indicador do cereal ESALQ/BM&F (Campinas - SP) registra avanço de 1,5% de dezembro até a parcial de janeiro, com média de R$ 74,01 por saca de 60 Kg.
Quanto ao farelo de soja, no mercado de lotes da região de Campinas, o preço tem alta de 0,6% no mesmo período, com média de R$ 2.006,13 por tonelada nesta parcial de janeiro. Logo, considerando-se o suíno comercializado na região produtora de São Paulo e o Indicador ESALQ/BM&F do milho em Campinas (SP), é possível ao suinocultor a compra de 6,45 Kg do cereal com a venda de 1 Kg de suíno vivo nesta parcial de janeiro, baixa de 14,4% frente a dezembro de 2024. Quanto ao farelo de soja, na mesma comparação, é possível ao suinocultor a compra de 3,96 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de suíno vivo em janeiro, baixa de 13,6% em relação ao último mês de 2024. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.