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16/Jan/2025

Boi: preços da carne sustentados pela boa demanda

A sustentação dos preços da carne bovina ao longo dos últimos meses e neste início de 2025 sinaliza a firmeza também do poder de consumo do brasileiro. Em resposta, os frigoríficos têm ido às compras e reajustado os valores da arroba para atender à demanda do atacado, que vem escoando todo o volume que chega da indústria, e da exportação, que começa o ano com bons números. Em 2024, a disponibilidade interna de carne bovina foi recorde. Considerando-se a produção (IBGE de janeiro a setembro; estimada pelo Cepea para outubro, novembro e dezembro), a exportação e a importação, circularam pelos balcões de açougues brasileiros cerca de 7,6 milhões de toneladas de carne bovina com osso, volume 13,4% superior ao de 2023, recorde até então.

Quando analisada a oferta disponível nos Estados, constata-se que, em Minas Gerais, o salto foi de 31% em relação a 2023, em Mato Grosso, de 30%, em Mato Grosso do Sul, de 26%, em São Paulo, de quase 24% e, em Goiás e no Paraná, por volta de 20%. Agosto foi o mês de maior oferta aos brasileiros, seguido por julho e dezembro. No último mês do ano passado, estiveram disponíveis aproximadamente 676,4 mil toneladas, 6,3% a mais que em novembro. O mês de melhor consumo do ano absorveu toda essa oferta, elevando os preços para o maior patamar de 2024. A carcaça casada com osso no atacado de São Paulo teve média de R$ 23,50 por Kg em dezembro. A disponibilidade interna de dezembro foi resultado de produção 1,2% maior que a de novembro, de exportação 11,6% menor e de importação 9,8% mais baixa no comparativo mensal. Entre os principais produtores, os Estados onde a oferta disponível cresceu menos entre novembro e dezembro, por volta de 10% a 11%, foram Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul, o que ajuda a explicar a dinâmica de preços nessas regiões. Em Mato Grosso, a oferta aumentou 15%.

Neste início de ano, a demanda por carne bovina continua estimulando as negociações para abate. Em São Paulo, no atacado, os valores conseguem se manter em relação ao final de dezembro. Na parcial de janeiro/2025, a carcaça casada tem leve valorização de 0,7%, cotada à média de R$ 23,53 por Kg. A média do dianteiro acumula alta de 3%, a da ponta de agulha, de 0,2%, enquanto a do traseiro registra baixa de 0,4%. No mesmo sentido, o volume de carne in natura exportada nos primeiros sete dias úteis do ano supera em quase 15% o do início de 2024, a preços em dólar cerca de 12% maiores, com o câmbio 24% superior (a média passou de R$ 4,92 em janeiro/2024 para R$ 6,11 na parcial deste mês). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.