27/Feb/2025
A indústria frigorífica está exercendo pressão sobre os preços do boi gordo no mercado físico, sem sucesso. Após as quedas de preço da semana passada, os pecuaristas resistem o quanto podem a entregar os bovinos terminados pelos preços indicados pela ponta compradora. A tendência, entretanto, continua sendo de baixa, devido aos lotes extras de vacas que têm ido para abate e com as escalas de abate alongadas da indústria. Há bois suficientes para sete a nove dias úteis de trabalhos. Mas, os frigoríficos exportadores que trabalham com confinadores têm escalas mais longas, ultrapassando duas semanas. Outro fator de pressão, pelo menos para esta semana, ainda é a baixa capitalização da população, que já gastou o salário do mês.
Entretanto, com a queda de preços da carne bovina vista nos últimos dias no atacado, há expectativa de que no início de março o consumidor se anime a adquirir carne bovina. Sob este aspecto, a carne bovina no atacado de São Paulo iniciou esta semana com forte queda. Em São Paulo, no mercado físico, o boi gordo está cotado a R$ 315,00 por arroba a prazo. Na Bahia, a cotação é de R$ 273,69 por arroba; em Goiás, R$ 292,75 por arroba; em Mato Grosso, R$ 304,26 por arroba; em Mato Grosso do Sul, R$ 299,35 por arroba; em Minas Gerais, R$ 292,68 por arroba; no Pará, R$ 278,55 por arroba; em Tocantins, R$ 280,31 por arroba; em Rondônia, R$ 269,54 por arroba. No Paraná, a oferta razoável e o escoamento de carne bovina relativamente fraco pressionam o preço do boi gordo, que está cotado a R$ 307,00 por arroba a prazo. Neste Estado, as escalas de abate atendem, em média, 11 dias.