14/Apr/2025
De acordo com dados da Ponta Agro, empresa de tecnologia com foco na gestão da informação e da precisão na pecuária, o custo diário de alimentação do gado bovino de corte nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste aumentou em março. O Índice de Custo Alimentar Ponta (Icap) por cabeça subiu 1,16% na Região Centro-Oeste, para R$ 13,91, e 5,07% na Região Sudeste, para R$ 13,27, na comparação com fevereiro. Embora março costume registrar elevação no índice devido à entressafra, os números surpreenderam. Mesmo com a expectativa de recorde na produção de grãos, os custos seguiram pressionados por estoques apertados e demanda firme. Na Região Centro-Oeste, o custo da matéria seca da dieta de terminação foi de R$ 1.275,39 por tonelada, com destaque para a casca de soja, que subiu 10,76%, e o milho grão seco, com alta de 4,80%.
Também pesaram os subprodutos da produção de etanol de milho, como WDG (+6,93%) e DDG (+4,78%). Na Região Sudeste, onde a dieta de terminação chegou a R$ 1.263,51 por tonelada, os insumos energéticos subiram 6,62% e os proteicos, 11,21%. O sorgo grão seco encareceu 10,51%, a casca de soja 9,15% e o milho grão seco 8,00%. Apesar do avanço nos custos dos principais insumos da nutrição animal, o confinamento de bovinos caminha para um ciclo de 2025 mais promissor. A valorização da arroba e o aumento no número de bovinos confinados desenham um novo equilíbrio entre desafios operacionais e perspectivas de rentabilidade.
A valorização da arroba também tem sido um fator determinante para o otimismo do setor. Em São Paulo, o boi gordo ultrapassou os R$ 324,00 por arroba, com negócios futuros em torno de R$ 334,45 por arroba para agosto na B3. Esse ambiente tem impulsionado os pecuaristas a intensificarem seus sistemas produtivos. A estimativa é de crescimento de 18% na intenção de confinamento neste ano, com mais de 8 milhões de cabeças em sistema intensivo. O custo da arroba produzida foi estimado em R$ 204,13 na Região Centro-Oeste e R$ 210,64 na Região Sudeste. Mesmo sem considerar bonificações por qualidade ou protocolos como o do "boi China", o lucro pode superar os R$ 820,00 por cabeça. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.