17/Apr/2025
Os preços médios dos principais insumos da atividade suinícola nacional (farelo de soja e milho) apresentam queda de março para abril no mercado brasileiro. Para o suíno vivo, os valores de negociação registram reação nesta semana, mas o valor médio da parcial de abril ainda está inferior ao de março, devido às desvalorizações observadas nos primeiros dias deste mês. Assim, de março para abril, o poder de compra dos suinocultores segue em queda frente ao farelo (cenário que é verificado pelo segundo mês consecutivo), mas apresenta pequena melhora em relação ao milho (neste caso, a desvalorização mensal do cereal é mais intensa que a registrada para o suíno vivo). Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo é comercializado à média de R$ 8,24 por Kg, com retração de 3,6% frente ao mês anterior.
No caso dos insumos, os preços do farelo de soja registram baixa de 0,6% de março para abril na região de Campinas (SP), com a média da parcial deste mês a R$ 1.867,31 por tonelada. A pressão vem do aumento da oferta, resultado do avanço da colheita do grão e do consequente crescimento do esmagamento nas indústrias. Quanto ao milho, o Indicador ESALQ/BM&F (Campinas - SP) tem média de R$ 85,31 por saca de 60 Kg na parcial de abril, baixa de 4,3% frente à média de março. Depois de atingirem a casa dos R$ 90,00 por saca de 60 Kg em meados de março, os preços do milho passaram a cair entre o encerramento do último mês e o começo de abril, movimento que é verificado na maior parte das regiões. A pressão vem sobretudo da demanda enfraquecida.
Consumidores, abastecidos e atentos à colheita da safra de verão (1ª safra 224/2025), se afastaram das aquisições, à espera de novas desvalorizações. Já os vendedores estão mais ativos no mercado spot nacional, tentando negociar novos lotes, temendo que o ritmo das quedas nos preços se intensificasse. Diante desse contexto, considerando-se o suíno vivo comercializado no mercado independente da região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), e o farelo de soja negociado na região de Campinas (SP), nesta parcial de abril, o produtor consegue adquirir 4,4 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de suíno, 3,4% menos que em março. No caso do milho, para o suinocultor, é possível a compra de 5,8 Kg do cereal com a venda de 1 Kg de suíno na parcial deste mês, 0,7% a mais que em abril/2024.
As cotações do suíno vivo apresentam alta em quase todas as regiões. A demanda permanece firme, enquanto a oferta de suínos para abate está mais controlada. Do lado dos compradores, atacadistas estão mais ativos, tendo em vista a necessidade de formação de estoques para atender ao possível aquecimento na demanda por conta dos feriados deste mês. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo posto na indústria apresenta valorização de 3,4%, atingindo o valor médio de R$ 8,54 por Kg. Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína apresenta leve alta de 1,7% nos últimos sete dias, passando para R$ 12,46 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.