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24/Apr/2025

Suíno: exportações compensam pressão de custos

Segundo o Itaú BBA, apesar do aumento dos custos de produção e de uma leve queda no preço do suíno vivo em março, a suinocultura brasileira segue entregando bons resultados, impulsionada principalmente pelo desempenho das exportações. Mesmo com os custos de produção mais elevados em função da alta do milho, os preços do suíno vivo deverão seguir remuneradores, dado que a oferta tem se mostrado equilibrada. No mês passado, as cotações do suíno vivo em São Paulo recuaram 1,4% frente a fevereiro, mas voltaram a subir na primeira quinzena de abril, alcançando R$ 8,60 por Kg. Isso representa um valor 30% superior ao registrado no igual período do ano passado. As cotações em 2025 têm oscilado mais que no ano anterior, porém em nível bem superior ao mesmo período de 2024.

Nos principais Estados produtores da Região Sul e em Minas Gerais, a queda foi mais expressiva em março, com recuo de 3,3% na comparação com fevereiro. Além disso, os custos da atividade subiram 1,9% na média ponderada desses Estados, o que reduziu as margens da atividade de 26% para 22%. Ainda assim, o resultado médio por cabeça terminada foi de R$ 220,00, considerado “bastante satisfatório”. O grande motor da suinocultura no início de 2025 têm sido as exportações. No primeiro trimestre, os embarques de carne suína in natura aumentaram 18,2% em volume em relação ao igual período de 2024. Somente em março, foram exportadas 103 mil toneladas, uma alta de 30,4% sobre o mesmo mês do ano passado. O spread das exportações ficou em 43% contra uma média histórica de 39%.

A China se manteve como principal destino no trimestre, com 112 mil toneladas, mas o crescimento mais expressivo foi para as Filipinas, que importaram 92 mil toneladas, alta de 97% frente ao primeiro trimestre de 2024. Também se destacaram os aumentos das vendas para Japão (90%) e Vietnã (35%). As exportações para a América do Sul subiram 36% no período, com avanço também para mercados como Estados Unidos e México. Com esse cenário, o Brasil poderá ampliar sua fatia nas exportações globais de carne suína de 15% para 16% em 2025, um avanço importante frente aos 9% registrados em 2020. Caso as previsões se confirmem, o Brasil será o único entre os cinco maiores exportadores com crescimento neste ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.