ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

28/Apr/2025

Leite: IATF melhora produção leiteira e reduz custos

Em 2024, 20,4% das mais de 83 milhões de matrizes leiteiras e de corte no Brasil foram inseminadas, de acordo com o Index, relatório elaborado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) e o Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (Cepea). Desse total, 91,8% das inseminações foram feitas por meio da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). E não poderia ser diferente. Essa biotecnia reprodutiva cresceu de maneira exponencial desde 2002, quando representava apenas 1% das inseminações. Esse aumento gradativo e contínuo da adoção da IATF para reprodução na pecuária (corte e leite) é explicado por diversos benefícios agregados, como: melhoria da eficiência reprodutiva dos rebanhos; expansão do melhoramento genético; avanços na eficiência da tecnologia; redução de custos; maior profissionalização da pecuária brasileira; além de forte demanda do mercado por carne e leite e sustentabilidade.

Mesmo com o crescimento verificado, ainda há muitas oportunidades, já que quase 80% das matrizes não são nem inseminadas. O panorama atual é de adoção da IATF em grandes fazendas, enquanto os pequenos e médios produtores ainda utilizam a monta natural para a multiplicação do plantel. A falta de infraestrutura adequada e o conhecimento técnico limitado em determinadas regiões restringem esse avanço. Contudo, o principal obstáculo para a adesão às novas tecnologias é a carência de informações que possibilitem ao pequeno produtor compreender os ganhos financeiros decorrentes dessa modernização. Mesmo com desafios, alguns fatores contribuem para o contínuo crescimento da IATF nos próximos anos, como avanço de assistência técnica qualificada; integração com outras biotecnologias, como sexagem de sêmen e Fertilização In Vitro (FIV); inclusão da pecuária de precisão nas propriedades bem como o uso de sensores para monitoramento reprodutivo; além da pressão por sustentabilidade e eficiência.

A utilização da IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) na pecuária leiteira traz ganhos econômicos significativos. Segundo estudo da FMVZ/USP, cada R$ 1,00 investido nessa biotecnologia gera retorno de R$ 6,00 ao produtor. Isso se deve à melhoria genética e ao aumento da eficiência reprodutiva, que resultam em mais de 350 quilos de leite por vaca ao ano, além da redução do intervalo entre partos. Com isso, cresce o número de vacas em lactação no pico produtivo, o que eleva a produtividade e a rentabilidade da atividade. Esses ganhos proporcionam aumento da produtividade e rentabilidade nas fazendas, reduzindo os custos totais que, no processo de IATF, representam menos de R$ 100,00 por fêmea inseminada. Por fim, é importante que o pecuarista se proteja de momentos ruins do mercado e invista em IATF e genética para não apenas se manter na atividade, mas evoluir com ela. Só assim a pecuária brasileira se consolidará cada vez mais como a maior e mais sustentável do mundo, do ponto de vista econômico e ambiental. Fonte: O Presente Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.