29/Apr/2025
A boa oferta de bovinos no mercado físico tende a manter os preços do boi gordo em viés de baixa ao longo desta semana. Mesmo com a expectativa de recuperação da demanda na primeira quinzena do próximo mês, os frigoríficos tendem a manter a postura defensiva, aproveitando o encerramento do ciclo de safra e a ausência de pressão vendedora por parte dos pecuaristas. Com as escalas já confortáveis e o consumo doméstico ainda contido, o ritmo de compras pode seguir lento nos primeiros dias da semana. Isso tende a manter as cotações lateralizadas ou, em algumas regiões, sob pressão.
Esse cenário só deve se alterar se ocorrer uma mudança mais expressiva na demanda por carne no atacado. Em São Paulo, as escalas de abate já estão preenchidas para a próxima semana e o escoamento de carne ainda é lento. assim, parte das indústrias optou por se retirar das compras, mantendo os valores inalterados. O boi gordo está cotado a R$ 325,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 285,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 305,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 330,00 por arroba a prazo.
Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 303,00 e R$ 308,00 por arroba; em Mato Grosso do Sul, entre R$ 318,00 e R$ 320,00 por arroba; na Bahia, entre R$ 285,00 e R$ 288,00 por arroba; em Rondônia, a R$ 280,00 por arroba; em Tocantins, a R$ 298,00 por arroba; e no Rio Grande do Sul, a R$ 11,25 por Kg. O aumento sazonal da oferta de bovinos terminados a pasto tem incentivado os compradores a pressionarem os preços. No entanto, as boas condições de pastagem neste ano vêm permitindo que muitos pecuaristas segurem seus lotes, resultando em uma dinâmica de negócios marcada pela estabilidade em algumas regiões, quedas em outras e, pontualmente, até altas. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 23,20 por Kg. O recuo da ponta de agulha recuou mantém a pressão sobre os preços.