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19/May/2025

Frango: defesa sanitária em alerta com gripe aviária

Segundo o Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), o registro do primeiro foco de gripe aviária de alta patogenicidade em granja comercial no Brasil evidencia uma grave carência de investimentos em defesa agropecuária. O caso acende um alerta sobre a vulnerabilidade da estrutura brasileira para enfrentar riscos sanitários de alta complexidade, sendo necessário ampliar o quadro de profissionais para atuar no combate à doença. O Anffa defendeu a convocação imediata dos aprovados no concurso público unificado de 2024, inclusive os do cadastro reserva, além de cobrar investimentos em infraestrutura. Atualmente, o número de profissionais na ativa está muito abaixo do necessário para dar conta da crescente demanda, especialmente em um cenário de exportações em alta e intensificação do fluxo agropecuário. O Ministério da Agricultura divulgou que ações de contenção do foco já foram iniciadas, mas o sindicato afirmou que há um movimento preocupante por parte da Pasta.

De acordo com o Anffa, o Ministério da Agricultura pretende transferir à iniciativa privada atividades que são de responsabilidade do Estado, como a inspeção ante mortem e post mortem de animais destinados ao abate. A minuta da Portaria nº 1.275/2025, atualmente em consulta pública, prevê que frigoríficos possam contratar os médicos veterinários responsáveis por inspecioná-los, o que representa um grave conflito de interesses e compromete a credibilidade do sistema de controle sanitário nacional. A proposta, denunciada ao Ministério Público Federal (MPF) na semana passada, apresenta falhas e abre espaço para omissões, fraudes e perda de confiança nos produtos brasileiros no mercado internacional. O prejuízo financeiro às granjas será imenso, mas é preciso agir com rigor e eficiência. O controle sanitário deve ser conduzido por servidores de carreira, com estabilidade e prerrogativas para atuar em defesa da sociedade, da saúde pública e dos interesses do País; e não apenas das empresas. É urgente ampliar o efetivo para garantir uma atuação adequada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.