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19/May/2025

Frango: Brasil espera rápida retomada da exportação

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que rapidamente o Brasil voltará ao status de normalidade em relação à gripe aviária. O governo confirmou na sexta-feira (16/05) o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil. Segundo Fávaro, o foco onde foi detectado a doença já foi isolado e a higienização sanitária já foi feita no aviário e em toda a região afetada. Constataram-se 35 aves com vírus na granja com foco de gripe aviária. As aves da granja com foco de gripe aviária foram exterminadas e a granja bloqueada. "Com a robustez do sistema sanitário brasileiro, tenho certeza de que rapidamente voltaremos à normalidade", afirmou o ministro. Segundo o ministro, todo o fluxo comercial da granja foi rastreado.

Trata-se do primeiro caso no Brasil de gripe aviária no sistema comercial. O caso em granja comercial foi confirmado na noite de quinta-feira (15/05) em um matrizeiro (granja de produção de ovos férteis) de aves comerciais em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O Brasil conseguiu segurar dois anos sem o vírus entrar em granjas comerciais. Fávaro lembrou que o vírus da gripe aviária circula no mundo desde 2006 e que no Brasil o primeiro caso em aves silvestres ocorreu há dois anos. O Brasil foi último país dos grandes produtores a ter caso em granja comercial. O ministro lembrou que não há risco no consumo de frango e ovos. Há um risco de contaminação, mas para pessoas que manuseiam o animal contaminado e, por isso, há um protocolo mais rígido. Mas, quanto ao consumo, não há risco nenhum.

Diante da confirmação de um caso de gripe aviária em Montenegro (RS), a BRF afirmou que o episódio deve ter impacto limitado sobre as operações da companhia e destacou a capacidade de resposta do País a esse tipo de ocorrência. A sanidade brasileira é muito robusta e deve permitir que esse episódio seja superado em um espaço de tempo curto. A primeira medida tomada pelo Ministério da Agricultura foi regionalizar o município afetado por meio da Portaria 795, com um raio de isolamento. A partir de agora, o Brasil dará início à comunicação com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e à negociação com os países importadores sobre os protocolos específicos. Na experiência recente com a Doença de Newcastle, também no Rio Grande do Sul, em que o Brasil inicialmente se autossuspendeu dos mercados, mas conseguiu reverter a situação com a aplicação de um plano de regionalização.

Na maioria dos países, o foco foi isolado em um raio de 10 quilômetros, e, uma vez eliminado, as exportações foram reabertas. Sobre o caso atual, a BRF monitora o cenário com atenção e trabalha para que isso tenha o mínimo de repercussão possível. A companhia trabalha constantemente em planos de contingência. O Brasil já tem acordos de regionalização sanitária com diversos países, o que deve limitar os impactos comerciais do foco de gripe aviária. A regionalização, a partir da doença de Newcastle, já ficou prevista em vários países. Países como Arábia Saudita, Japão, Argentina, Filipinas, Ucrânia e outros já reconhecem formalmente o conceito de regionalização, o que permite restringir eventuais sanções apenas às áreas afetadas, em vez de suspender as exportações de todo o País.

Haverá dois tipos de situação: alguns países já aplicam a regra de regionalização, circunscrita num raio de 10 quilômetros, e outros podem trabalhar com o conceito de Estado. O foco da doença levou a China a suspender temporariamente a importação de carne de frango do Brasil. A medida é semelhante à adotada durante a doença de Newcastle. Na época, a China fez o mesmo, mas depois deixou circunscrito ao Rio Grande do Sul. A BRF mantém estoques estratégicos e planos de contingência para garantir o abastecimento dos clientes em situações como essa. A empresa tem 187 novas habilitações nos últimos três anos, o que permite transitar com produtos para mercados alternativos. Apesar do momento de atenção, a BRF demonstrou confiança na resposta do sistema sanitário brasileiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.