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20/May/2025

Frango: Brasil cumpre os protocolos de exportação

Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil está cumprindo rigorosamente os protocolos de exportação acordados com os países parceiros quanto à suspensão dos embarques de frango em caso de gripe aviária. No caso da China e da União Europeia, esses protocolos firmados preveem a suspensão total da carne de frango brasileira. Trata-se do cumprimento do requisito sanitário do país parceiro. Alguns protocolos firmados com países parceiros dispõem que, na detecção de doenças sanitárias no Brasil, o País fica impedido de certificar o embarque dos produtos, impossibilitando a exportação. Os acordos vão prever que determinadas situações impedem a certificação. O Brasil respeita os seus acordos e, por isso, tem o reconhecimento internacional.

Além da União Europeia e da China, outros acordos também preveem a restrição à certificação para exportação de produtos de todo o território brasileiro, caso da Coreia do Sul, do México e da Rússia. Protocolos acordados pelo Brasil com países como Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Reino Unido e Filipinas permitem a continuidade de exportação de carne de frango do Brasil, à exceção do município ou Estado onde o caso foi detectado. Esses países possuem protocolos acordados com o Brasil nos quais a restrição da possibilidade de certificação fica limitada a determinada área. O governo brasileiro comunicou oficialmente todos os países parceiros acerca da ocorrência da doença.

Para evitar a entrada do vírus H5N1 da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em outras granjas comerciais, todas as medidas de enfrentamento estão sendo adotadas. Entre elas, a instalação de sete barreiras no raio de 10 Km do foco onde a doença foi detectada, uma granja comercial de produção de matrizes de aves em Montenegro, no Rio Grande do Sul. O Brasil foi o país que mais tempo resistiu à entrada dessa enfermidade no plantel comercial. Isso dá a dimensão do quanto as medidas de biossegurança são robustas e, sempre que ocorrem essas situações de emergência, as medidas são sempre mais restritivas. O vírus circula no mundo desde 2006 e entrou no sistema comercial do País somente neste ano, com apenas focos registrados em aves silvestres e de fundo de quintal nos últimos dois anos.

Após a confirmação laboratorial do caso, o estabelecimento aviário foi "despovoado" pelo serviço de defesa agropecuária, conforme prevê o Plano de Contingência de Influenza Aviária. Esse despovoamento já foi concluído, com a eliminação das aves, vindo na sequência a destruição das camas de aviário, para se iniciar a fase de limpeza e desinfecção de todo o estabelecimento. São medidas de saneamento do foco que permitem o início da contagem para o retorno ao status de livre da doença. Há expectativa que o caso seja concluído em até 28 dias. À Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o Ministério da Agricultura informou que o foco foi detectado em uma granja comercial em Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

De acordo com o relatório, 7.389 aves morreram de um total de 17.025 suscetíveis, que foram abatidas. De acordo com o relatório, o diagnóstico foi feito em exame PCR pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em São Paulo (LFDA), referência para esse tipo de doença. A origem da infecção consta como inconclusiva ou desconhecida. O evento sanitário, que está em andamento, teve início em 12 de maio, conforme o relatório, e o agente é o vírus H5N1. O Ministério da Agricultura informou que já adotou medidas de controle do foco, como rastreabilidade, vigilância da zona em torno do foco, zoneamento e controle de movimentação dos produtos. De acordo com o relatório, o descarte oficial de carcaças, subprodutos e resíduos, além do abate sanitário, a eliminação oficial de produtos de origem animal e a desinfecção da área estão em andamento.

Trata-se do primeiro caso no Brasil de gripe aviária no sistema comercial. O Brasil vem registrando casos de gripe aviária em aves silvestres e domésticas (granjas de fundo de quintal) desde 2023, mas até o momento o sistema comercial não tinha sido afetado. Segundo a plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Ministério da Agricultura, há 166 focos, sendo 163 em aves silvestres e 3 em produção de subsistência (caseira), confirmados até o momento. Há outros 3 focos sendo investigados. O País era o único entre os grandes produtores mundiais que ainda não tinha registrado o caso em plantel comercial. No mundo, o vírus da gripe aviária em granjas comerciais circula desde 2006, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.