20/May/2025

O mercado físico do boi gordo registra nova rodada de desvalorizações, refletindo uma combinação de fundamentos que têm aumentado a oferta e limitado a capacidade de reação dos preços. Esse cenário deve ser manter nesta semana, pois a indústria frigorífica, com escalas já confortáveis, deve seguir buscando compras a preços mais baixos, o que pode levar a novas revisões negativas nas cotações. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 311,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 277,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 293,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 315,00 por arroba a prazo. As escalas de abate atendem, em média, a 8 dias.

Em Goiás, o boi gordo está cotado entre R$ 285,00 e R$ 290,00 por arroba; em Minas Gerais, a 295,00 por arroba; em Mato Grosso do Sul, a R$ 300,00 por arroba; no Paraná, a R$ 308,00 por arroba; em Santa Catarina, a R$ 313,00 por arroba; no Acre, a R$ 245,00 por arroba; e no Rio Grande do Sul, a R$ 11,00 por Kg. Entre os fatores que reforçam o viés de baixa está o fim da estação chuvosa e a deterioração das pastagens. Isso têm levado os produtores a aumentarem a oferta, o que fortalece o poder de barganha da indústria frigorífica. O mercado também deve monitorar nos próximos dias o impacto do caso de gripe aviária, que pode elevar a disponibilidade interna da proteína de frango e pressionar os preços da carne bovina.