27/May/2025

Segundo o Itaú BBA, a combinação entre a maior oferta de gado no período de safra e a possibilidade de aumento da disponibilidade de carne de frango no mercado interno tem pressionado os preços do boi gordo no curto prazo. A fraqueza dos preços no mercado físico do boi pesou na curva futura nas últimas semanas. O contrato de maio, por exemplo, recuou R$ 20,00 por arroba em relação a dias atrás na B3. Além da pressão sazonal, um fator extra acendeu o alerta do mercado: a possibilidade de que as exportações de carne de frango sejam interrompidas temporariamente, devido ao caso recente de gripe aviária registrado no Rio Grande do Sul.

O principal ponto de atenção no curto prazo diz respeito ao mercado de frango, que pode apresentar aumento da oferta do produto não exportado no mercado doméstico, e pesar sobre a carne bovina justamente num momento de pico de safra de boi. Apesar do cenário desafiador no mercado interno, há suporte para o escoamento da carne bovina no exterior. As exportações devem seguir firmes, ajudando na absorção da oferta de gado terminado nos próximos dois meses. O fluxo segue positivo para a China, com alta de 8% ante igual período do ano passado, e bastante forte para os Estados Unidos, com salto de 130% ano contra ano.

Esse ritmo deve se manter em razão dos altos preços da carne bovina nos Estados Unidos. Para os confinamentos, o cenário segue promissor do ponto de vista de margens. As margens projetadas seguem favoráveis para a entressafra e devem continuar estimulando a engorda intensiva. No entanto, os custos seguem como ponto de atenção. No caso da alimentação, há um certo alívio: o cenário para o milho melhorou para o confinador em termos da perspectiva de preços, com a boa evolução da 2ª safra de 2025 sinalizando preços menores para o segundo semestre. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.