28/May/2025
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a fusão entre Marfrig e BRF, duas gigantes da indústria de proteína animal, é vista pela como um movimento estratégico que fortalece o Brasil no cenário global sem comprometer a competitividade do setor. Apesar do tamanho das empresas envolvidas, essa concentração no setor ainda está dentro do razoável que o mercado permite. No caso das cadeias de aves e suínos, o modelo de integração entre produtores e indústrias mantém o equilíbrio. É uma relação contratual de parceria entre a empresa e o produtor integrado.
Diferente da pecuária bovina, onde o frigorífico compra o animal pronto, no modelo de integração as integradoras não compram o produto final, elas são donas do pinto, da ração, do suporte técnico, cabendo ao produtor cuidar dos animais até o momento do abate. O cenário atual não compromete a concorrência, já que há ampla diversidade de agentes atuando no setor. São mais de 70 frigoríficos exportadores no Brasil. Além das grandes empresas, destaque para o papel das cooperativas, como Lar, Coopavel, Frimesa, C. Vale e Aurora, que também têm presença relevante nos mercados interno e externo.
O Brasil tem pequenas empresas que abatem 100 mil aves por dia competindo com outras que abatem 5 milhões, e mesmo assim com o mesmo nível de informação e habilitação para exportar. A união entre BRF e Marfrig contribui para a presença internacional da proteína brasileira. Isso fortalece o setor, cria empresas com condições de se tornarem transnacionais globais, o que naturalmente ajuda o Brasil a gerar divisas cambiais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.