ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

28/May/2025

Frango: gripe aviária está contida em Montenegro

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a afirmar que o foco de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS) está contido. O município registrou o primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) do País, confirmado em 15 de maio, e está em vazio sanitário. O foco de Montenegro está contido, apesar de ainda estar no quinto dia depois da desinfecção da granja e do aparecimento do foco. Pela rapidez na propagação dessa doença, pela letalidade e pela agressividade do vírus, se esse vírus tivesse escapado para outras regiões, em quatro a cinco dias teria novos casos, disse Fávaro, durante audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado nesta terça-feira (27/05). Isso mostra que as barreiras sanitárias funcionaram. Passados 28 dias do período incubatório do vírus, o Brasil vai se declarar novamente livre de gripe aviária.

A tendência é de que isso ocorra nos próximos 22 dias, assegurou Fávaro. O ministro destacou que os trabalhadores da granja não se contaminaram com a doença. Em paralelo, a régua no sistema de alerta foi elevada, chegando a ter 20 suspeitas de investigação e hoje há 11. Isso não é motivo de preocupação e, sim, como deve ser, pelo menor sintoma em aves é dever do avicultor reportar ao sistema para os animais serem testados. Ele citou que neste período outra suspeita da doença em uma granja comercial em Ipumirim, no oeste de Santa Catarina, foi descartada. E mencionou que está sendo investigada neste momento uma suspeita da doença em plantel comercial em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, a 135 Km de Montenegro e onde foi detectado um caso da doença de Newcastle no ano passado.

Sobre o caso confirmado nesta terça-feira (27/05) de gripe aviária em aves silvestres em Mateus Leme (MG), o ministro afirmou que a notificação é natural, dado que o vírus está presente em aves silvestres no País há dois anos e que o Brasil está na região de rotas migratórias do Hemisfério Sul para o Hemisfério Norte. À medida que as aves fazem essa rota têm contaminação, vão aparecer casos em animais silvestres no Brasil. O ministro assegurou que a partir de Montenegro (RS), onde foi detectado um foco de gripe aviária em granja comercial, não haverá novos casos da doença. Passados 15 dias, se o vírus tivesse ‘escapado’ do foco, já haveria animais morrendo em outras cidades. Se não teve até agora, não terá nos próximos 20 dias, acrescentou o ministro. Em relação às suspeitas da doença em granjas comerciais que estão sendo investigadas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO), uma em Anta Gorda (RS) e outra em Aguiarnópolis (TO), o ministro explicou que a análise em granjas comerciais é mais "cautelosa".

Quando se trata de granja comercial, há mais prudência na análise, com um processo laboratorial mais aprofundado, porque esse é o caso que gera restrição. O ministro voltou a afirmar que há indícios de que a suspeita em Tocantins dê negativa para gripe aviária. Por precaução e segurança, estão sendo fetos todos os testes em laboratório, mas é praticamente certo que vai dar negativo. Segundo Fávaro, a ocorrência em Minas Gerais comprova que não houve mutação do vírus e que ele é carregado por aves silvestres que usam o País como rota migratória, sendo algumas contaminadas. O ministro também destacou na audiência que o vírus circula há 30 anos no mundo, e há 19 anos em plantel comercial. No Brasil, o vírus da gripe aviária está presente há dois anos em aves migratórias, enquanto nos Estados Unidos em 30 dias já havia chegado ao plantel comercial. Nos Estados Unidos, 1,95 milhão de aves já foram sacrificadas, enquanto no País foram 17 mil aves. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.